Reunião no Palacinho reuniu especialistas, autoridades e representantes da comunidade para acompanhar situação atual dos estudos, iniciados no ano passado, após as enchentes
Pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil (SGB) participaram de uma reunião nessa quinta-feira (29), no Salão Nobre do Palacinho, para apresentar à Prefeitura e ao Ministério Público o andamento dos trabalhos realizados em Santa Cruz do Sul na elaboração do Plano Municipal de Redução de Riscos. O encontro — conduzido pelo coordenador da Defesa Civil, Cesar Bonfanti — contou com a presença do prefeito Sérgio Moraes, do promotor Érico Barin, do vice-prefeito Alex Knak, além de integrantes do Comitê Gestor de Redução de Risco de Desastres, secretários municipais e representantes da comunidade.
A equipe federal começou a atuar no município em outubro do ano passado, quando foi iniciada a primeira etapa dos estudos. Atualmente, os trabalhos estão na terceira fase, com atividades de campo e levantamento de dados, que seguem até 18 de junho. Ao final do processo, o Plano — com um diagnóstico completo das áreas de risco propensas a desastres naturais, principalmente alagamentos e deslizamentos — será entregue ao município, que poderá adotar as providências recomendadas, conforme a viabilidade e conveniência locais.
O serviço, oferecido pelo Governo Federal, é financiado pelo Ministério das Cidades e executado pelo SGB — instituição vinculada ao Ministério de Minas e Energia, com sede em Brasília — em parceria com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), de São Paulo. No estado, além de Santa Cruz do Sul, o município de Bento Gonçalves também está recebendo essa equipe.
Durante a reunião, o coordenador executivo do SGB, Julio Lana, destacou a importância da articulação entre as esferas de governo. “Temos recebido um apoio fundamental da Defesa Civil do município. Nesta etapa, nossa equipe percorrerá todas as áreas classificadas como de risco alto e muito alto, realizando análises que resultarão em planos de intervenção. Essas propostas poderão ser adotadas pelo município, pelo Estado ou pela União. Nosso objetivo é evitar que tragédias climáticas, como as ocorridas em maio do ano passado, voltem a se repetir com essa magnitude”, afirmou.
A engenheira civil do IPT, Raíssa Pignoni, explicou que o trabalho vai além do diagnóstico técnico. “Nossa meta é propor soluções que minimizem os impactos sobre a população, sempre levando em consideração as ações já executadas pelo município. As recomendações poderão incluir intervenções de engenharia, drenagem, desassoreamento, sistemas de comunicação e monitoramento, acompanhadas de estimativas de custo para a realização, que seguem tabelas de referência para o setor público”, explicou.
Ela também ressaltou a importância da participação da comunidade durante o levantamento. “Contamos com a receptividade da população nas visitas às áreas de risco. As informações locais são fundamentais para enriquecer os pareceres técnicos e garantir que as soluções estejam alinhadas com a realidade das comunidades”, completou.
De acordo com o geólogo do SGB, Renato Mendonça, o levantamento preliminar indica a existência de 146 áreas de risco geológico em Santa Cruz do Sul, classificadas entre baixo, médio, alto e muito alto risco. Os locais mais afetados estão nos bairros Várzea, Belvedere, Rio Pardinho, Monte Alverne e arredores — regiões associadas às planícies de inundação do Rio Pardinho e áreas próximas ao Cinturão Verde.
O vice-prefeito Alex Knak ressaltou que a Prefeitura, durante este ano, já tem realizado intervenções, especialmente no bairro Belvedere. “Fizemos desobstrução e troca de tubulações, aumentamos bocas de lobo e construímos um muro de contenção. Essas ações visam melhorar o sistema de drenagem e evitar a infiltração no solo que pode causar deslizamentos”, explicou, acrescentando que novas obras são importantes e devem ocorrer nos próximos períodos.
O prefeito Sérgio Moraes agradeceu o empenho das equipes envolvidas e destacou a prioridade da gestão na segurança da população. Vamos aguardar os resultados técnicos do estudo para, a partir deles, planejar as próximas ações. A Prefeitura está totalmente à disposição para colaborar com esse trabalho, que é fundamental para o futuro da cidade”, afirmou.
O engenheiro da Defesa Civil, Leandro Kroth, avaliou o trabalho como um passo necessário. “É um processo longo e complexo, mas essencial. Se não conseguirmos eliminar todos os riscos, ao menos vamos reduzi-los gradativamente com responsabilidade e eficiência”, afirmou, enfatizando que o município foi privilegiado por ter sido selecionado para receber esse estudo aprofundado.
O promotor Érico Barin também elogiou a qualidade do trabalho. “Estamos diante de um estudo de grande magnitude, com técnicos extremamente qualificados. A sociedade pede soluções concretas, e é isso que estamos buscando. O Ministério Público acompanhará os resultados e vai auxiliar a Prefeitura na busca por meios de implementar as intervenções necessárias”, afirmou.
Já o coordenador da Defesa Civil, Cesar Bonfanti, reforçou o pedido de colaboração da comunidade com os técnicos durante as visitas de campo. O diagnóstico final do Plano de Redução de Riscos deve ser entregue em novembro e as informações estarão disponíveis para consulta de toda a população por meio de site e aplicativo.
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