Rota de Santa Maria, concessionária responsável pela administração da rodovia, divulgou os trechos afetados
A RSC-287 registra nesta sexta-feira (30) cinco pontos com bloqueios devido ao movimento Securitização Já, que reivindica apoio ao setor agropecuário e medidas relacionadas às dívidas dos produtores rurais. A Rota de Santa Maria, concessionária responsável pela administração da rodovia, divulgou os trechos afetados – quilômetros 80, em Venâncio Aires; 108, em Vera Cruz; 138 (onde há somente pare e siga), em Candelária; 156, em Novo Cabrais; e 224 em Santa Maria.
A reportagem esteve em Venâncio Aires, nas proximidades do Restaurante Casa Cheia, onde produtores de municípios como Santa Cruz do Sul, Vale Verde, Passo do Sobrado e Mato Leitão se concentraram. Nesse ponto, os manifestantes adotam o sistema de pare e siga, forma de controle temporário do tráfego em que os veículos são alternadamente liberados para passar em apenas um sentido, permitindo veículos de emergência sem restrição.
Presidente da Associação Brasileira dos Usuários de Rodovias, Gerri Machado relatou que, desde as primeiras horas, está percorrendo os pontos de mobilização para monitorar a situação. Segundo ele, além dos bloqueios na RSC-287, há paralisações em Pantano Grande, São Gabriel, Júlio de Castilhos, Cruz Alta, São Vicente do Sul, Santiago e São Borja. O gestor informou que, no total, há mais de 60 pontos de manifestações em todo o Rio Grande do Sul, sendo cerca de 30 com bloqueios totais, o que torna o trânsito mais difícil ao longo do dia.
Agricultor e líder do movimento em Venâncio Aires, Rogério Palhares explicou que a mobilização entrou em uma nova etapa, com bloqueios totais do trânsito por alguns minutos para chamar mais atenção à pauta. Ele afirmou que a paralisação ocorre em diversos pontos do estado, com ações coordenadas para acontecerem no mesmo dia e horário, com objetivo de fortalecer o impacto do movimento. “Vamos parar o Rio Grande”, falou.
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Em reunião extraordinária, nessa quinta-feira (29), o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou a resolução que autoriza a prorrogação de dívidas de custeio contratadas no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp). O alongamento poderá ser de até três anos, com limite de R$ 90 mil por produtor.
Além disso, parcelas de investimento com vencimento previsto para 2025 poderão ser prorrogadas para até um ano após o término do contrato original. Embora a medida não atenda integralmente às demandas dos produtores, o setor avalia que ela cria uma margem de tempo para que se avancem, por meio de negociações, em soluções de longo prazo para a situação financeira enfrentada pelo campo.
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