REGIÃO

Novo levantamento hidrográfico promete melhorar sistema de alerta contra enchentes no Vale do Rio Pardo

Publicado em: 30 de janeiro de 2025 às 08:55
  • Por
    Guilherme Bica
  • Foto: Eduardo Wachholtz/Grupo Arauto
    compartilhe essa matéria

    Ação do governo gaúcho usará tecnologia avançada para mapear áreas críticas e reduzir o impacto de desastres naturais

    O Governo do Rio Grande do Sul iniciou um projeto de levantamento topobatimétrico para mapear corpos hídricos prioritários em várias bacias hidrográficas do estado. Essa ação tem como objetivo modernizar o sistema de alerta contra enchentes, utilizando dados mais precisos para simulações hidrodinâmicas e emissão de alertas em tempo real. O levantamento será realizado por empresas a serem contratadas até fevereiro e se dará em blocos de 500 quilômetros, abrangendo áreas urbanas e regiões suscetíveis a inundações.

    No Vale do Rio Pardo, a iniciativa contempla Santa Cruz do Sul, Sinimbu, Candelária e Vera Cruz, cidades castigadas pelas enchentes do ano passado. A bacia hidrográfica da região, destacada no mapa abaixo, possui áreas críticas sujeitas a processos erosivos e deposicionais que alteram o relevo dos corpos d’água. Com o levantamento, será possível identificar trechos vulneráveis e implementar medidas preventivas para mitigar impactos em comunidades locais.

    O projeto utilizará equipamentos avançados, como ecobatímetros digitais e drones, para capturar dados topográficos e batimétricos com alta resolução. Além de melhorar a eficiência do sistema de alerta, os dados gerados também auxiliarão no planejamento urbano e ambiental, trazendo benefícios diretos para a gestão de recursos hídricos, podendo ser compartilhados com universidades e instituições de pesquisa, ampliando os estudos sobre os recursos hídricos do estado.

    Como será realizado o levantamento?

    Os trabalhos serão conduzidos com ecobatímetros digitais e sistemas de navegação por satélite GNSS em tempo real (RTK). Áreas de difícil acesso, onde a navegação não for possível, serão mapeadas com drones ou métodos alternativos.

    Cada bloco hidrográfico contará com um plano de trabalho detalhado, incluindo caracterização fisiográfica, cronograma de execução, metodologia e identificação de eventuais obstáculos. A execução será acompanhada por engenheiros, técnicos em hidrologia e auxiliares. A expectativa é iniciar o trabalho ainda no primeiro semestre.

    Foto: Divulgação

    Leia também