Advogado detalhou relação entre os envolvidos e como se dará as próximas ações
Um desentendimento antigo entre vizinhos que possuem propriedades na região de Monte Alverne, no interior de Santa Cruz do Sul, pode ter resultado em uma emboscada e agressões. De acordo com o advogado Felipe Raul Haas, assistente de acusação no caso, pai e filho foram atacados na semana passada enquanto retornavam para casa. O homem mais jovem, de 40 anos, precisou ser internado devido aos ferimentos, mas já recebeu alta. Já o idoso, de 77 anos, sofreu lesões mais leves.
Segundo o advogado, antes desse episódio, já havia diversos boletins de ocorrência registrados entre as partes. No entanto, na visão dele, o conflito tomou uma proporção que colocou a vida das vítimas em risco. Para chegarem à residência, seus clientes precisam passar em frente à casa do vizinho. “Quando se aproximaram desse local, encontraram galhos espalhados na estrada. Eles pararam o carro, desceram para remover e, nesse momento, foram surpreendidos. Era uma emboscada e acabaram sendo agredidos com pauladas na cabeça”, relatou o advogado.
A Polícia Civil, inicialmente, trata o caso como lesão corporal. No entanto, Felipe Raul Haas acredita que a agressão contra o filho configura tentativa de homicídio, crime que, no entendimento dele, não se consumou devido à presença do pai. “Ele gritou muito, pediu socorro. Algumas pessoas ouviram e correram para ajudar, o que fez com que os agressores fugissem. As vítimas já realizaram exames de corpo de delito e, embora o laudo ainda não tenha sido divulgado, tenho plena convicção de que o caso será tratado como tentativa de homicídio”, afirmou.
O advogado pretende atuar ativamente no inquérito, auxiliando a polícia com provas, imagens e testemunhas. “Há rumores na comunidade de que esses vizinhos realmente tinham a intenção de matar meus clientes. Nosso trabalho será voltado a comprovar que se tratou de uma tentativa de homicídio que não foi consumada por circunstâncias alheias à vontade dos agressores. O assistente de acusação não é uma figura obrigatória no processo, a investigação cabe à delegacia e, depois, ao Ministério Público. No entanto, podemos contribuir, apontando caminhos que, neste caso, parecem ser os mais adequados para a busca da justiça”, concluiu.
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