Estimular as crianças a serem conscientes em relação ao dinheiro é ensinamento que vem de casa, é reforçado na escola e lição para a vida!
Deve acontecer aí na sua casa também. Vez que outra, ao invés de presente, a criança acaba ganhando dinheiro de parentes e/ou padrinhos que não sabem o que comprar, o que a criança precisa, que tamanho veste/calça ou imaginam que ela já tenha o necessário em termos de brinquedo.
Tem acontecido também nos aniversários, como prática das crianças convidadas. Ao invés de levar um presente aleatório, levam dinheiro para presentear. A iniciativa é tão comum que nas casas de festa normalmente já há um baú chaveado para o depósito dos valores, com o devido cartãozinho.
Para as crianças, talvez, não seja algo tão interessante. De pequeninas nada entendem em relação a isso, mas na medida em que vão crescendo, podem ter um ar de descontentamento (ou não) com o envelope recebido.
Eu lembro bem da primeira vez que nossa filha recebeu dinheiro de presente, ela abriu e não entendia o valor do que havia ganho. Eu logo disse: vamos colocar na sua poupança! Aí a reação foi mais engraçada ainda, já que ela desconhecia o que é a tal da “poupança” e imaginou outra coisa.
A partir deste momento, começamos a explicar e a conversar mais sobre “guardar” e sobre o valor do dinheiro. As moedinhas vão para o cofrinho, o dinheirinho, para a poupança.
Hoje a reação é bem outra ao receber o presente em forma de cédulas de real, até porque já consegue mensurar o valor daquilo que recebe. No Dia da Criança foi assim. Perguntamos a ela se havia alguma coisa que quisesse comprar com o dinheiro ganho dos avós. A metade foi para a carteira (que já não é mais o cofrinho) e a outra parte ela orientou: “pode guardar na poupança”. Reforçamos que ela havia tomado a atitude certa, reservando uma parte para algo que quisesse comprar e guardando a outra.
Um livro muito bacana, que ela ganhou em um aniversário, auxiliou na educação financeira da pequena: “Como cuidar do seu dinheiro”, de autoria de Mauricio de Souza e Thiago Nigro e, obviamente, com os personagens da Turma da Mônica. Uma leitura divertida e muito informativa.
Começa com uma curta história em quadrinhos, que apresenta diversas possibilidades de usar o dinheiro. Depois, em páginas com algumas ilustrações, Thiago usa uma linguagem simples e divertida para ensinar a turminha como o dinheiro é importante não só para comprar brinquedos, roupas e comida, mas também para realizar grandes sonhos.
E é tão legal que vai mostrando ao leitor – de maneira lúdica – diversos assuntos ligados ao uso do dinheiro, como comportamento consumista, inflação, juros e compra por impulso. Com certeza, vale o investimento.
Pode parecer cedo para falar sobre isso, mas quanto antes tratarmos da educação financeira em casa, melhor. As crianças estarão preparadas para tomar decisões conscientes e que as ajudem em suas conquistas no futuro.
Débora Reckziegel foi uma convidada do programa Conversa de Mãe, em áudio. Ela nos orientou que falar com as crianças sobre dinheiro vai estimular a responsabilidade e a autonomia. Portanto, educação financeira é assunto de criança, sim! Confere o episódio completo:
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