Relação de iniciativas adotadas pelo governo desde 2015 para enfrentar a crise financeira foi apresentada aos professores
Em reunião com representantes do Cpers Sindicato, no Centro Administrativo do Estado, nessa quinta-feira (28), o governo estadual apresentou um documento com as principais ações realizadas para recuperar as finanças públicas e pagar em dia o salário do funcionalismo. O secretário da Educação, Ronald Krummenauer, e o chefe da Casa Civil, Fábio Branco, repassaram à diretoria do Cpers uma relação de iniciativas adotadas pelo governo desde 2015 para enfrentar a crise financeira e destacaram os dois anúncios feitos esta semana: pagar primeiro os servidores que recebem menores salários (o que contempla 47% dos professores) e a correção, pelos índices da poupança, pelo parcelamento de salários, retroativa a 2015. Para isso, o governo enviou projeto de lei à Assembleia Legislativa. Outro projeto de lei, já em tramitação no Legislativo, propõe também a correção do 13º salário de 2016, que ainda está sendo pago parceladamente.
Fábio Branco defendeu o fim da greve para não penalizar ainda mais os alunos, pais e os próprios professores. Também ressaltou a importância da adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscal proposto pelo governo federal. "A adesão do Rio Grande do Sul acaba com os parcelamentos salariais já em 2018. Vai possibilitar que o Estado deixe de pagar durante 36 meses as parcelas da dívida com a União. Atualmente, a dívida já não está sendo paga, mas por força de uma liminar que pode cair a qualquer momento", explicou, acrescentando que isso também possibilitará mais recursos em caixa.
A CARTA
Ao fim da reunião, foi entregue uma carta aos representantes do Cpers. No texto, o governo afirma que "estamos muito perto de encontrar um ponto de estabilidade, o que será bom para todos os gaúchos – e notadamente para os servidores. Acrescenta que "não podemos perder esse rumo. A manutenção das atividades escolares, preservando o interesse dos alunos e de toda a comunidade escolar gaúcha ajuda nesse espírito de superação conjunta dos desafios do Estado".
No documento, o governo reconhece as dificuldades dos servidores e diz que compreende o papel político do Cpers, mas lembra que "o Rio Grande do Sul precisa unir-se no esforço para construir uma situação de sustentabilidade". Salienta que a greve em nada contribui para a solução do problema, além de prejudicar a vida de pais e estudantes. E reforça que a gestão não parou mesmo diante do enfrentamento da crise.
Até o final de 2018 – garante o documento -, 600 escolas estarão reformadas. "Chegamos ao marco da menor mortalidade infantil da história. Chamamos professores concursados para repor as demandas existentes. Abrimos concurso da segurança pública e chamamos a totalidade do banco de concursados. Aumentamos em 16% o investimento em saneamento. A área da educação é tratada com respeito, tendo como maior preocupação a qualidade do ensino", diz o texto.
A carta entregue ao Cpers encerra com um pedido do governo, em nome da sociedade: "que as aulas sejam retomadas e que continuemos com um canal permanente de diálogo para tratar de questões específicas. A Casa Civil, ao lado da Secretaria da Educação, por meio de seus secretários de Estado, ficam encarregadas de estabelecer uma metodologia de permanente interlocução e diálogo com o Cpers".
CONFIRA O TEXTO DA CARTA NA ÍNTEGRA (aqui)
Estado apresenta principais medidas para equilibrar finanças e pede fim da greve do magistério:
Cpers se manifesta após reunião:
A presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schürer, fala sobre a audiência com o governo. "Nossa Greve continua, esperamos todos e todas amanhã, no Gigantinho para a nossa Assembleia Geral de Mobilização", afirma Helenir.
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