Geral

Dia do Pescador: paixão passada de pai para filho

Publicado em: 29 de junho de 2024 às 08:03
  • Por
    Emily Lara
  • Foto: Divulgação
    compartilhe essa matéria

    Os venâncio-airenses Rodolfo e Dirceu Becker compartilham o amor pela pesca

    Neste 29 de junho, Dia do Pescador, o Grupo Arauto traz a história de Rodolfo Becker, de 31 anos, e seu pai, Dirceu Ladi Becker, de 64 anos. A dupla venâncio-airense compartilha a paixão pela pesca, que fortaleceu o vínculo entre pai e filho, ensinando valores e criando memórias.

    A história da pescaria na família Becker começou com Dirceu, que iniciou a prática ao lado de amigos. Segundo Rodolfo, seu pai, desde cedo, trazia peixes em baldes para ele pescar em casa. “Eu insistia muito em ir junto, quando com cinco anos ele me levou. Minha mãe encheu a gente de avisos e cuidados, mas voltamos pra casa com picadas de mosquito e tapados de sujeira. Lembro que foi marcante aquele dia e eu pensava quando seria a próxima vez”, relembrou.

    A paixão do filho pela pesca foi inspirada pela trajetória de seu pai, que foi quem ensinou todas as dicas para ser um bom pescador. A atividade também ajudou a fortalecer a relação entre a dupla. “Nosso lazer era preparar as coisas, ir para o mato, fazer um fogo, montar a barraca e pescar. Nesse tempo a gente conversa muitas coisas. Até hoje dividimos as tarefas. Enquanto um vai fazendo fogo, o outro prepara o barraco. Assim sempre foi e sempre será”, contou.

    Para Rodolfo, cada momento vivido ao lado do pai se tornou único e inesquecível. “Uma história apenas é impossível. Toda pescaria cria novas memórias. Um peixe grande e raro, um dia de chuva e frio ou a visita de animais silvestres. O sentimento ao final é sempre o mesmo: pegando peixe ou não, o importante é fugir da rotina e recarregar as energias”, disse.

    Dirceu e Rodolfo também são conhecidos pelo envolvimento em resgates durante enchentes. O grupo chamado ‘Os Mentirosos’ se envolveu em resgates e doações durante as cheias no Vale do Taquari. “Inicialmente era para pescar. Hoje em dia serve também para nos alertar de possíveis enchentes. Ficamos conhecidos por estes resgates, mas não é este o objetivo. Existem muitos outros que ajudam e não aparecem, esses sim precisam ser lembrados e usados de exemplo”, afirmou.

    Embora ainda não tenha filhos, Rodolfo sonha em transmitir essa tradição familiar. “É um sonho ser pai e passar adiante o legado de pescador, valorizando algo tão simples em um mundo tão moderno. Os filhos dos integrantes do nosso grupo já seguem o mesmo caminho, vivendo experiências que jamais esquecerão”, concluiu.

    Leia também