De incêndio em loja no Centro da cidade a apreensão de arsenal; relembre os fatos
Em 29 de junho de 2022, a Brigada Militar e a Polícia Civil desencadearam uma operação conjunta em Venâncio Aires. A ação foi realizada após um incêndio criminoso ser registrado em uma loja, pertencente à esposa de um policial militar, no Centro do município. Durante a operação, os policiais cumpriram mandados de busca e apreensão e mandados de prisão em desfavor de indivíduos suspeitos de envolvimento no crime.
Conforme as investigações dos órgãos de segurança, o incêndio foi realizado por uma facção criminosa como represália a ação da Brigada Militar, realizada no dia 22 de junho, quando foram apreendidos mais de 4,5 quilos de cocaína e que deixou mais de R$ 200 mil em prejuízo aos indivíduos. A escolha pelo local teria se dado porque o policial militar participou desta operação.
Em uma rápida mobilização, operações entre BM e PC foram realizadas e em menos de três semanas após o incêndio, envolvidos foram identificados, presos e indiciados. Durante uma destas ações, o Comandante-Geral da Brigada Militar Coronel Cláudio dos Santos Feoli, proferiu a frase que marcaria todo o processo de confronto entre os órgãos e a facção: "Mexeu com um, mexeu com 18 mil". No período, além do policiamento ostensivo na região, o Batalhão de Choque e o Batalhão de Aviação estiveram atuando em Venâncio Aires e municípios próximos.
A operação conjunta resultou, no dia 30 de junho do ano passado, na apreensão de um arsenal em uma residência no Bairro Santa Tecla, em Venâncio Aires. Os policiais localizaram 18 armas e 29 carregadores normais, prolongados e tipo caracol, além de 757 munições de calibres variados e um kit roni. Foram recolhidos três fuzis calibres 556 e 762; duas submetralhadoras calibres nove milímetros; cinco espingardas calibres 12; dois revólveres calibres 44 e 357; e uma arma artesanal. Além disso, um homem, de 23 anos, com antecedentes, e uma mulher, de 22 anos, que estavam na residência foram presos.
De acordo com o inquérito policial, os envolvidos no incêndio eram Alan Eduardo Rodrigues, de 25 anos, que seria o "gerente" da facção onde a droga foi apreendida; Heitor Antônio Teixeira, de 28 anos, e Marcelo Luís da Silva, conhecido como Negão Americano, de 39 anos, que teriam comprado a gasolina para usar no incêndio; Leandro Câmara, de 28 anos, e Nícolas Vieira Bandeira, de 21 anos, que teriam usado o combustível para colocar fogo na loja. O sexto envolvido, Cássio Alexandre Ribeiro, o Vida Louca, de 42 anos, teria sido a pessoa que autorizou a represália.
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