De Olho no Agro

Santa Cruz dobra número de agroindústrias familiares com o Programa Municipal da Agricultura Familiar

Publicado em: 28 de dezembro de 2024 às 07:27 Atualizado em: 28 de dezembro de 2024 às 08:11
  • Por
    Emily Lara
  • Imagem ilustrativa | CLAUDINE FRIEDRICH
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    Objetivo é a estruturação e consolidação de iniciativas familiares no mercado local

    Nos últimos dois anos, o número de agroindústrias regularizadas em Santa Cruz do Sul dobrou, um reflexo do trabalho da Secretaria Municipal da Agricultura na estruturação e consolidação de iniciativas familiares no mercado local. O resultado é fruto do Programa Municipal da Agricultura Familiar, criado em 25 de outubro de 2022 para fortalecer o setor.

    Em entrevista ao Grupo Arauto, o secretário Décio Hochscheidt destacou que o esforço conjunto da Administração Municipal e dos produtores começou a gerar resultados significativos neste ano. Segundo ele, um dos fatores importantes foi a liberação de uma nutricionista para orientar os produtores em questões como rotulagem, boas práticas de manejo e cursos específicos.

    “Nós conseguimos orientar as pessoas que realmente buscavam essa alternativa e a gente fica feliz, porque nós inauguramos bastante agroindústrias nos últimos anos. Eu digo sempre o mais importante: não adianta você motivar e inaugurar, se você não ajuda também”, afirmou.

    Atualmente, o município conta com 29 agroindústrias familiares, das quais 15 foram legalizadas graças à implementação do programa. O secretário destacou que um marco recente foi a participação de sete dessas agroindústrias na programação do Enart, evento cultural que proporcionou visibilidade e oportunidade de negócios para os produtores locais.

    Outro destaque é o programa vale-feira, que concede R$ 130 mensais aos servidores municipais para serem gastos nas feiras rurais da cidade. Segundo Hochscheidt, a iniciativa injeta aproximadamente meio milhão de reais por mês no comércio de produtos locais. “Isso com certeza deu uma alavancada. A gente se reúne com a comissão de feiras a cada dois meses, e a gente tem testemunhos que com certeza muitos jovens, em cima disso, permaneceram no interior, porque apareceu uma alternativa melhor de venda do que estava acontecendo até então“, disse.

    Ouça a entrevista completa: