Reflexão

Evento em Santa Cruz vai marcar o dia de solidariedade ao povo palestino

Publicado em: 28 de novembro de 2024 às 18:03
  • Por
    Kássia Machado
  • Colaboração
    Eduardo Wachholtz e Leandro Porto
  • Foto: Emily Lara/Grupo Arauto
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    O debate ocorre através do Instagram e YouTube, a partir das 20h30min

    Em comemoração ao Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino, celebrado no dia 29 de novembro, o Comitê pela Paz, contra o Apartheid e o Genocídio realiza uma live para abordar o tema. O debate ocorre através do Instagram e YouTube, a partir das 20h30min.

    A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1977, por meio da resolução 32/40 B, aprovada pela Assembleia-Geral. O objetivo da criação desse dia é promover a conscientização sobre os direitos do povo palestino e reforçar o apoio internacional à sua luta.

    A escolha do 29 de novembro não é aleatória: a data coincide com a aprovação, em 1947, da resolução 181 da ONU, que recomendava a partilha da Palestina entre judeus e árabes. 30 anos após essa decisão, em 1977, os palestinos ainda não possuíam um Estado e viviam sob ocupação militar israelense desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967.

    Para o representante do Comitê pela Paz na Palestina, contra o Apartheid e o Genocídio, Caco Baptista, a instituição da data reflete a autocrítica da ONU. “Em 1977, já fazia uma década que a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, o que restava do território palestino, estavam sob ocupação militar. A ONU, reconhecendo seu fracasso em garantir os direitos do povo palestino, cria essa data para reforçar a necessidade de solidariedade internacional”, destaca.

    Outro integrante do comitê, Mohamad Mustafa Ali, que possui parentes na Palestina, descreve o clima de tensão vivido na região. “Estamos há mais de um ano acompanhando aflitos as notícias. A opressão contra o povo palestino, os ataques na Faixa de Gaza e o aumento da violência na região são devastadores. É um cenário de medo e sofrimento”, relata.

    Segundo Ali, na última terça-feira foi acordado um cessar fogo com o Líbano. “Um Líbano forte e resistente, que soube segurar a invasão. Eu tenho notícias de mortes, prisões em Israel de toque marcial, não existe direito civil, as pessoas são presas sem motivos. E na prisão são torturadas, maltratadas e estupradas”, descreve.

    Sobre o evento

    Nesta sexta-feira (29), a partir das 20h30min, o Comitê pela Paz, contra o Apartheid e o Genocídio realizará uma live em suas redes sociais, com espaço para esclarecer dúvidas e responder perguntas do público. A transmissão estará disponível no Instagram @paznapalestinascs e no canal do YouTube Comitê pela Paz na Palestina SCS

    Além da live, os organizadores anunciaram, sem mais detalhes, que uma ação nas ruas de Santa Cruz também está sendo planejada.