Eles são julgados pela morte de Alexsandro Luis dos Santos Mell, 18 anos na época
Três homens são julgados em júri popular nesta quarta-feira (28) no Fórum de Santa Cruz do Sul pela morte de Alexsandro Luis dos Santos Mello, de 18 anos. O homicídio aconteceu no primeiro dia de 2017. O julgamento começou por volta das 10h30min desta quarta-feira (28) e se estende ao longo do dia.
Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público (MP), entre 0h e 3h, os denunciados mataram a vítima fazendo uso de arma de fogo. O caso aconteceu na Rua Victor Frederico Baumhardt, no Bairro Dona Carlota, e o corpo foi encontrado, por volta das 7h30mim, por populares.
São acusados Lenon Aires Soares, Maicon Vieira da Silva e Luiz Guilherme Silveira da Silva. Para o MP, os homens praticaram o crime por motivo torpe, por vingança, e para dominar a traficância no Bairro Viver Bem. O julgamento de Maicon Robson Schmidt, que seria o que efeutou os disparos, será realizado em outra data.
O responsável pela acusação é o promotor Rogério Fava Santos. O defensor público Arnaldo França Quaresma Júnior, o advogado Luis Gustavo Bretana e o professor Vinícius Ferreira Laner, do Gabinete de Assistência Judiciária da Unisc, se dividem na defesa. A juíza Márcia Inês Doebber Wrasse preside os trabalhos.
Detalhes da investigação e depoimento do delegado Luciano Menezes
A investigação do fato foi coordenada pelo delegado Alessander Zucuni Garcia, titular da 2ª Delegacia de Polícia Civil de Santa Cruz. O principal motivo do homicídio foi desavença em função do tráfico de drogas. Durante o julgamento nesta quarta-feira, o delegado Luciano Menezes, que acompanhou todo o trabalho de investigação, prestou depoimento.
Menezes destacou que no curso da investigação o delegado Alessander descobriu que o autor dos disparos teria sido Maicon Rosa Schimidt, conhecido como Máscara: "A minha participação se deu em um dia em que o delegado Alessander deflagrou uma operação com o objetivo de coletar elementos a respeito dos envolvidos. No dia em que fomos cumprir os mandados no Bairro Viver Bem, a minha equipe foi na casa do Maicon. Chegamos mais cedo, batemos na porta e anunciamos que era a polícia. Ele pediu um tempo alegando que havia criança no recinto. Demorou um minuto, percebi que ele estava enrolando e arrombamos a porta". Maicon foi flagrado na cozinha apagando coisas do telefone celular, sendo que o objetivo principal da diligência era apreender o telefone celular dele, pois se tinha o conhecimento de que o homicídio havia sido gravado a mando do Chapolin.
Após uma certa dificuldade, os policiais conseguiram tomar o telefone celular dele. De acordo com Menezes, através de permissão judicial, foi possível extrair do telefone dados e inclusive o vídeo: "O vídeo mostra a vítima sendo colocada de joelhos no chão. A vítima pede para não a matarem e o Máscara pergunta para um indivíduo que estava junto "tá gravando?" Depois disse: "tu sabe que vai morrer". Quando ele tomou uns cinco ou seis tiros, o Máscara fala para a vítima que ele estava morrendo, porque estava pegando drogas dos contras, enxertando droga dos Bala na Cara" , explica o delegado Luciano Menezes.
Ainda conforme depoimento prestado pelo delegado, ele também teve conhecimento de que na época do crime o Máscara já usava tornozeleira. No fim de semana do homicídio a tornozeleira acabou registrando onde ele estava no momento do crime, mais uma prova do envolvimento dele no fato.
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