Após 18 anos no mundo do álcool, cigarro e drogas, Deise Pagel mostra que é possível superar vícios e lutar por um novo começo
No dia 20 de setembro deste ano, a agente redutora de danos Deise Pagel, de 34 anos, completa quatro anos em recuperação, após ter passado grande parte da sua vida – ao todo 18 anos – vivendo no mundo das drogas. Depois de ter contado como a vera-cruzense se tornou usuária de drogas ilícitas e no que passou durante este período, o terceiro e último capítulo da série traz a história da força de vontade e de superação da ex-dependente para vencer os vícios. Quando tudo parecia não ter mais solução, Deise mostrou que é possível superar e lutar por um recomeço.
Para a agente redutora de danos, o dia 20 de setembro de 2013, quando decidiu que iria parar de usar drogas, é considerado o dia em que renasceu. “Após ver cenas fortes de como a droga estava entrando no Estado, de chegar em casa e minha família negar um simples chimarrão, percebi que era a hora”, recorda.
Sem procurar ajuda para internação ou tratamento com medicações, Deise se confinou no quarto. “Fiquei três meses trancada”, conta. Durante este tempo, não saia sequer para fazer as refeições. A mãe, Rovena, e a irmã, Noeli, é quem levavam comida. Foram os dias mais difíceis para a família, pois em virtude da abstinência, Deise se batia, soqueava as paredes e chutava a cama.
O que passava pela cabeça de Deise? “Que tinha que morrer. Não por não poder consumir, mas por não dar valor a mim, a minha família e ao meu filho”, revela. “Bate uma depressão muito grande”, completa.
Assim como foram os meses mais difíceis para a família, foi um período de desespero, segundo Deise, “porque com medicamento eu não conseguia me manter longe das drogas, imagina assim. A esperança deles era muito pequena, eles lutaram 18 anos contra as drogas”.
Mesmo sabendo de quão difícil seria se libertar das drogas, Deise diz que sempre pensou primeiramente e principalmente em seu filho, Davi, que havia perdido a confiança e o afeto que poderia existir entre mãe e filho. Há exatamente três anos e nove meses “limpa”, a vera-cruzense se orgulha e é o orgulho da família e dos amigos. “Hoje, graças a Deus, nossa vida está totalmente transformada”, comemora. Mesmo vivendo o hoje e deixando o amanhã nas mãos de Deus, a agente foca na família. “Hoje eu vivo e deixo os outros viverem”, finaliza.
Confira a série completa na edição desta quinta-feira do Jornal Arauto.
Notícias relacionadas
Sob a regência do(s) 10
Um time sem um camisa 10 clássico até pode ter sucesso. Mas estará mais distante. E num jogo em que o 10 costuma ser decisivo, ter dois é privilégio
Por Luciano Almeida
Vale do Sol sediará Primeiro Seminário Regional de Paisagismo e Turismo Rural
O evento acontece nesta quinta-feira (26), no ginásio da igreja São José. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas até esta terça
Não Nascemos Prontos
A vida é um processo de aprendizagem constante.
Internações por doenças respiratórias aumentam quase 28%
Alta foi verificada no período de janeiro a agosto em 27 hospitais