Na guerrinha de bexiga, os balões eram cheios d’água e a gente colocava uma roupa mais simples para “ir pra farra”
Põe o dedo aqui quem viveu isso na infância e adolescência: ao final do ano letivo, o último dia de aula era de… guerrinha de bexiga. Os balões eram cheios d’água, a gente colocava uma roupa mais simples para “ir pra farra”. Usávamos o pátio da escola, a praça ou já na calçada mesmo, era aquela molhaceira. Lembro de algumas vezes que a brincadeira foi incrementada para outro recheio no balão que não fosse água: se faziam misturas de tudo o que se achava de mais fedorento em casa para criar as “bombas” para sujar o colega. De todo modo, era uma alegria sem igual.

GUERRINHA DE BEXIGA, SESSÃO NOSTALGIA | CAROLINA ALMEIDA
Pois essa sessão nostalgia eu vivi essa semana ao contemplar meus filhos, Pedro e Olívia, e meu sobrinho, Augusto, se deliciando no gramado da vovó.
Enquanto eu trabalhava, recebo a mensagem no WhatsApp: “Pedro quer fazer guerrinha de bexiga”, mandou minha mãe. O guri, de nove anos, o mais velho dos três, armou todo circo. Fez a avó encher os balões d’água, baldes, e para completar, aquelas arminhas de usar na piscina foram usadas. Coisa que não tinha no meu tempo, mas hoje valia tudo, era aquela correria e gritedo que davam gosto.
Então está dada a largada para as férias. É água para lavar a alma, água para comemorar. Tem coisa mais simples? Tem coisa mais pura que essa brincadeira?
Foi muito bom ter recordado essa lembrança da minha infância e ver a felicidade dos meus pequenos com essa diversão molhada. Numa época tão digital, em que as crianças andam mais conectadas do que com pé no chão, brincar de se molhar ganhou a semana. Preciso agradecer meu guri por isso. Por ele e por mim.