Decisão também impactou um servidor municipal, que teve sua função gratificada retirada
A Prefeitura de Santa Cruz confirmou, na manhã desta segunda-feira (27), a exoneração de quatro secretários municipais afastados após a Operação Controle, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul (GAECO/MPRS). A ação, que está completando duas semanas, segundo os promotores responsáveis, tem como objetivo desarticular uma organização criminosa responsável por fraudes que causaram prejuízos.
LEIA TAMBÉM: Sistemas de segurança em escolas de Santa Cruz foram testados duas vezes em 2023
Com a exoneração feita na sexta-feira (24), Marcio Martins, Everton Oltramari, Valmir José dos Reis e Edmilson Severo não integram mais a Administração Municipal. A decisão também impactou um servidor municipal, que teve sua função gratificada retirada. De acordo com a Prefeitura de Santa Cruz, a situação, por não ser um cargo comissionado, seguirá pelos procedimentos previstos no Estatuto do Servidor.
A prefeita Helena Hermany anuncia, desde a semana passada, os substitutos para as secretarias afetadas pelas mudanças. Fabiano Dupont, que estava à frente da Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária, assumiu a Secretaria de Saúde. Ângela Saraiva, até então diretora da Pasta, assume o posto vago. Permanecem com interinos ainda as Secretarias de Desenvolvimento Econômico e Turismo; Segurança e Mobilidade Urbana; Planejamento e Governança; e Administração.
O que dizem os investigados
Em nota, o advogado de Edmilson Severo, Henrique Ferreira, destacou que seu cliente se pronunciará de forma mais detalhada assim que houver o acesso integral aos documentos em questão. “Não obstante, desde já salienta que manifestar-se-á exclusivamente nos autos, assegurando o devido processo legal e o respeito ao Juízo. De outro lado, refuta veementemente todas as acusações que recaem sobre sua pessoa e salienta que, ao longo de sua trajetória, sempre esteve comprometido com a transparência e a verdade”.
Oltramari diz que “os fatos que estão sendo noticiados parecem ser obras que foram licitadas no ano passado. Eu assumi a secretaria há quatro meses e não pratiquei nenhuma irregularidade. Acredito que o meu antecessor e meus colegas também não tenham praticado. Eu vou colaborar com toda investigação e tenho maior interesse no esclarecimento rápido disso tudo. Tenho 34 anos de serviço público e nunca respondi um processo. Lamento que estejamos sendo taxados como organização criminosa. É um exagero. Somos todos pessoas de bem, com família, endereço fixo. Não vejo o motivo desse exagero. Vamos em frente”.
E Reis frisou que “eu cheguei há um ano e três meses na Prefeitura, quando essas questões levantadas já estavam todas efetivadas. Com relação a outros fatos, não são da minha secretaria, são de outras pastas e não posso falar a respeito. Eu não vejo vínculo direto da minha secretaria com os fatos que têm sido divulgados pela mídia. Todos os fatos investigados já estavam em andamento quando eu assumi a secretaria. Nenhum processo licitatório, que temos conhecimento pela mídia, a minha secretaria participou efetivamente e formalmente. Estamos com a consciência limpa e tranquilos”.
Marcio Martins preferiu não se manifestar.
Notícias relacionadas
Projeto de lei busca garantir acolhimento de idosos em lares geriátricos particulares
Proposição é de autoria do deputado venâncio-airense, Airton Artus, e está em tramitação na Assembleia Legislativa
É mentira que o voto valerá como prova de vida nas Eleições 2024
A Justiça Eleitoral esclarece que são falsos informes que vêm circulando de que o voto servirá como prova de vida ao INSS
“Somos uma opção necessária”, avalia Cândido Faleiro Neto
Petista foi o último candidato à majoritária de Venâncio Aires entrevistado pela Arauto 90,5
Sabia que existem temas proibidos na propaganda eleitoral?
Os pretendentes aos cargos eletivos precisam estar atentos aos conteúdos propagados ou poderão responder pela divulgação de propaganda vedada