Política

Ex-vereador Nilton Garibaldi morre vítima de Covid-19 em Santa Cruz

Publicado em: 27 de abril de 2021 às 08:04 Atualizado em: 01 de março de 2024 às 16:22
  • Por
    Milena Bender
  • Fonte
    Portal Arauto
  • Foto: Jacson Stulp/Câmara de Vereadores
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    Político faleceu na madrugada desta terça feira. Corpo será encaminhado para cremação

    O ex-vereador Nilton Garibaldi morreu na madrugada desta terça-feira (27) no Hospital Santa Cruz. Ele tinha 72 anos e faleceu em decorrência de complicações causadas pela Covid-19. De acordo com a Funerária Halmenschlager, o corpo do político – pai do atual vereador Leonel Garibaldi (Novo) – será encaminhado para a cremação no Memorial Crematório São José em Caxias do Sul/RS.

    Histórico

    Nilton Garibaldi marcou época na política santa-cruzense, com 32 anos ininterruptos à frente do Legislativo, com passagens pela presidência e pela liderança de governo. Ingressou na vida pública pela mão do então prefeito Elemar Gruendling, o Maçarico. A primeira eleição foi em 1972, quando ainda era acadêmico em direito e líder estudantil. Ele foi o segundo vereador mais votdo, com 1.952 votos. Elegeu-se ainda nos pleitos de 1977, com 2.088 votos; de 1982, com 1.051, já pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT); em 1988, com 570 votos; em 1992, pelo PTB, com 711 votos e em 1996, com 1.222 votos. Além disso, foi presidente do Legislativo nos anos de 1983, 84, 1995 e 1997.

    Em 1983, Garibaldi assumiu a prefeitura nas férias de Armando Wink, como presidente da Câmara, mesmo sendo oposição. Normélio Boetcher, então vice-prefeito se licenciou também e Nilton acabou assumindo a prefeitura por uma semana. Na década de 90, Gariba tornou-se o grande responsável por uma das conquistas mais importantes da Câmara: a autonomia financeira e contábil em relação à Prefeitura. 

    Entre a década de 1990 e o início dos anos 2000, Gariba esteve no PTB, para onde migrou em apoio a Sérgio Moraes. Depois, retornou ao PDT. Ao todo, foram sete mandatos, dos quais dois foram prorrogados por emendas constitucionais e duraram seis anos cada. Concorreu pela última vez em 2012 para atender a um pedido do partido. Seu último mandato havia terminado em 2004 e não tinha pretensão de retornar. 

    Garibaldi foi autor de leis de cunho social, como isenções no pagamento de impostos e taxas para pessoas de baixa renda. Também são de sua autoria a lei que instituiu o Dia Municipal da Consciência Negra e a lei da passagem escolar.