O mês é de prevenção, combate e reabilitação às diversas espécies de cegueira
A manhã foi de inclusão na Escola Estadual Bruno Agnes, em Santa Cruz do Sul. Em comemoração ao Abril Marrom, mês de prevenção, combate e reabilitação às diversas espécies de cegueira, a instituição organizou uma atividade sobre o assunto. Alunos do 5º ao 9º ano puderam ouvir, aprender e se colocar no lugar de quem tem problemas visuais.
Na escola, no 7º ano, Rafaela Amália de Moura, 12 anos, é deficiente visual. Mas, isso não a impede de estudar a avançar como os outros alunos. Para isso, a escola dispõe de um vasto material inclusivo, como livros, mapas e uma máquina de braile. Nesta quinta-feira (27), os demais estudantes puderam entender e se colocar no lugar de Rafa, que timidamente explicou como tudo funciona.
De acordo com a supervisora do turno da manhã, Denise Raquel Klein, um texto sobre a história do braile foi trabalhado com os alunos no horário da leitura. Além disso, um tour pela Biblioteca apresentou as tecnologias assistivas utilizadas por Rafa. Entre eles, está o Balabolka, programa que utiliza a tecnologia Text-To-Speech, convertendo um texto em arquivo de áudio e narrando-o.
Enquanto Rafa aprende, ela conta com a ajuda da monitora Nelma Pedroso. Em sala de aula, a garota utiliza um fone de ouvido, para não atrapalhar os demais colegas. O áudio é levado para casa em um pen drive, proporcionando maior facilidade em estudar nos horários em que está distante da escola. “Assim, ela não depende de ninguém em casa para conseguir estudar para uma prova, por exemplo”, explica Denise.
Para a supervisora, o propósito da atividade e do Abril Marrom é conscientizar sobre os cuidados com a visão, mas também salientar aos alunos a importância da inclusão e do respeito. “Assim eles a veem como cidadã e podem compreender melhor suas necessidades e capacidades. Ela é tão inteligente quanto os outros. Só necessita de recursos e tecnologias de apoio e assistivas”, diz.
Durante a tarde, a atividade se repete para as turmas do 1º ao 5º ano. O evento foi organizado com apoio das professoras da sala de recursos Ana Margarete Dummer e Silvia Bizarro. Além de toda a mensagem de inclusão, a escola se preocupou em alertar os estudantes sobre a necessidade de procurar oftalmologistas. “Pedimos para a Secretaria de Saúde um teste de acuidade visual para todos os alunos. Agora, vamos esperar a resposta”, salienta. E assim como Abril Marrom tem uma mensagem, todos os alunos, hoje, voltaram para casa com novidades para contar aos pais e observando Rafa com mais respeito e amor.
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