Luiz Carlos Vitiello tem participação na gestão do Galo desde o início dos anos 1980
Ao longo de 110 anos de história, o Futebol Clube Santa Cruz, que comemorou aniversário nesse domingo (26), construiu sua trajetória pela força de pessoas. Personagens que se dedicaram – e ainda se dedicam – ao máximo para que o dia-a-dia no clube funcione, seja dentro ou fora do gramado do Estádio dos Plátanos.
O atual vice-presidente do clube, Luiz Carlos Vitiello, de 69 anos, é um desses personagens. Vitiello também foi presidente do clube em 1985. "Meu avô Adalberto sempre adorou o Santa Cruz, então nasci escutando muito sobre o clube. Estudei em Porto Alegre por um tempo e retornei para Santa Cruz em seguida. Em 1981 o Futebol Clube Santa Cruz estava voltando a ser um clube único, pois antes tínhamos a fusão com o Avenida. Logo que o clube retomou eu comecei a participar juntamente com alguns companheiros, como Nestor Kothe, Hélio Almeida e Irineu Roesch. Recomeçamos o clube praticamenteo do zero", relembra Vitiello.
Luiz Carlos ainda trabalhou mais alguns anos no futebol do Galo e depois se afastou. Anos depois, quando Telmo Kirst assumiu a presidência do clube, em 1999, pediu que Vitiello retornasse para ajudar na gestão. "Fiquei em 2000, quando o Telmo montou aquele time bom, com jogadores estrangeiros. Depois disso, achei que minha passagem pelo Galo tinha acabado, mas a é cheia de surpresas,. Em 2018 retornei e estou aqui até hoje. Sempre no mesmo cargo, vice-presidente e financeiro", conta.
Em todos esses anos de clube, Vitiello recorda de dois momentos marcantes. "O primeiro foi em 1983, quando subimos para a primeira divisão. Foi uma loucura dentro dos Plátanos, derrubaram todo o alambrado, não sobrou nada. Outro momento foi com a nossa retomada e a conquista da Copa FGF, no Passo D'Areia. O clube estava há muito tempo sem ganhar nada, e essa conquista marcou demais", salienta.
Apesar de ter grande importância para que o clube chegasse com a história de tradição que tem em 2023, Vitiello valoriza todas as pessoas que contribuíram, de alguma forma, para a existência do Galo. "Todos que passaram pelo Futebol Clube Santa Cruz continuam colaborando. Acho que esse é o grande mérito do clube. Minha contribuição não é maior nem menor que a de todos que passaram por aqui. Todos fizeram sua parte. Enquanto eu puder colaborar, estarei aqui", comenta o vice-presidente.
Leia mais: "Meu trabalho é uma forma de retribuir tudo que o Santa Cruz me proporcionou", diz gerente do Galo
Fazer futebol no interior, para Vitiello, é um grande desafio, principalmente pela parte financeira. O dirigente se orgulha pelo clube ter uma situação financeira saudável. "Por mais que se faça um orçamento, ele sempre é estourado e a dificuldade é sempre financeira, seja pelo motivo que for. E nesse ponto é bom destacar que considero a situação do Santa Cruz uma das melhores do estado. O clube continua com o mesmo CNPJ desde a fundação, enquanto existem clubes que já mudaram diversas vezes", destaca.
Vitiello coloca como meta em 2023 o acesso para a elite do futebol gaúcho, mas sonha em ver o time com calendário e o futebol ativo o ano inteiro. "A situação do Santa Cruz é muito boa, temos um patrimônio impecável, o que falta é voltarmos para a primeira divisão e depois pensarmos em calendário nacional. O primeiro objetivo é esse, de voltar à elite. Depois, quem sabe, disputar uma Copa do Brasil e uma Série D de Campeonato Brasileiro", projeta.
História com Cuca
Alexi Stival, mais conhecido como Cuca, atualmente é um treinador de sucesso no futebol brasileiro. O ex-atacante teve passagem pelos Plátanos nos anos 1980. Vitiello recorda de uma passagem marcante quando o atleta recebeu uma proposta para deixar o Santa Cruz. "O Cuca veio pra cá com um contrato de empréstimo. Acabou arrebentando e logo em seguida nós compramos o passe dele. Ele era um destaque, era fantástico, todos queriam comprar, mas não queriam pagar o que pedíamos. Um dia ele voltou para a pré-temporada, foi ríspido com algumas pessoas do clube e nós chamamos ele para conversar e ver o que estava acontecendo. Ele começou a chorar na sala e falou que o pessoal do Caxias havia entrado em contato. Ofereceram um bom contrato, mandaram até escolher o carro que quisesse. A única coisa que ele precisava fazer era vir para Santa Cruz e pegar o passe. Ele não sabia como fazer, então disseram para ele nos encher de desaforos, para liberarmos ele por indisciplina. Olha como é a ingenuidade do jovem. É um grande cara e temos contato com ele até hoje", relembra o vice-presidente, brincando.
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