Pretinho morreu envenenado por um homem no dia 12 de setembro. Imagens da crueldade foram divulgadas nesta quarta-feira
“Pretinho era dócil e gostava das pessoas”. É assim que a secretária voluntária da ONG SOS Bichos, Fabíola Freitas Henker, lembra de um das centenas de cães auxiliados pela organização. Pretinho, conhecido como cão comunitário, foi envenenado no dia 12 de setembro por um homem no Parque de Eventos Itamar Vezentini, em Candelária. Os voluntários estão organizando um protesto, com data a ser divulgada. Nessa quarta-feira (26), a ONG divulgou as imagens do crime, chocando toda a região pela frieza do ato.
O homem, antigo brigadiano da cidade, aparece nas imagens em seu carro no Parque de Eventos. Ele saiu do veículo e deixou algo no chão. Logo após, o cão se aproximou, comeu o que foi largado e começou a manifestar reações. Pretinho morreu no local. De acordo com Fabíola, o criminoso deixou veneno escondido em um pedaço de carne, na intenção do cachorro ingerir. Por ironia, após cometer o crime, ele volta para o carro e retira os seus cães do veículo. “Ele matou Pretinho e saiu para passear com seus cães de raça”, diz.
Segundo o delegado Rodrigo Marquardt da Silveira, o indivíduo foi ouvido na Delegacia de Polícia de Candelária na segunda-feira (24). O homem vai responder por crimes de maus tratos aos animais, dentro da lei nº 9.605 de 12 de fevereiro de 1998. “Uma audiência está marcada para os próximos dias e, provavelmente, ele vai cumprir serviços comunitários”, destaca o delegado. Para Fabíola, o que o homem fez foi de uma grande frieza. “Quem gosta de cachorros, não faria isso. Ele é uma pessoa do mal. Ele deixou veneno no chão de um local onde muitos animais e crianças passam”, salienta.
Pretinho, o cão comunitário
O vira-lata de pelos pretos era o xodó da comunidade candelariense. Resgatado pela ONG SOS Bichos em maio deste ano após ser atropelado, ele morava no Parque de Eventos Itamar Vezentini. Segundo a voluntária Fabíola, no acidente, o órgão genital do animal ficou exposto, fazendo com que muitas pessoas o ignorassem, chutassem e até o chamassem de tarado. Ele ainda manteve um problema em uma das patas, que a deixava trêmula. Embora essas situações e dificuldades, Pretinho vivia com o apoio dos voluntários da ONG e de outros amantes dos animais que, sempre que podiam, levavam ração e água para ele.
Confira o vídeo do momento do envenenamento:
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