Em um período de menos recursos, uma figura era fundamental dentro das casas de saúde: a parteira
Em um período de menos recursos, uma figura era fundamental dentro das casas de saúde: a parteira. Maria Verônica Lau atuou na profissão dentro da maternidade do Hospital Santa Cruz durante mais de 30 anos. Parteira formada, atendia também partos particulares nas residências da cidade. Como não havia farmácias, aplicava injeções, media a pressão e fazia curativos. É lembrada ainda hoje pela dedicação e cuidado exemplar com as mães e bebês, e também pela religiosidade.
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O neto de Maria, o professor de história e coordenador pedagógico do Colégio Mauá, Waldy Luiz Lau Filho, relembra que a notícia de que o nome dela seria dado a uma rua orgulhou a família. “Minha avó foi uma mulher batalhadora, forte. Com muita simplicidade deu conta de um desafio enorme para a época. Criou seus filhos praticamente sozinha e trabalhou incansavelmente como parteira, assim contribuindo para tornar sua cidade um lugar melhor. Uma pioneira do engajamento feminino na nossa sociedade, numa época em que as oportunidades disponíveis às mulheres eram muito restritas”, relata.
Apesar de não ter convivido de maneira próxima com a avó, Waldy conta que ela estava presente em seu nascimento, 50 anos atrás. “Ela estava trabalhando como parteira no momento em que nasci, seu primeiro neto. E essa é uma boa memória para se registrar”, destaca. Junto às centenas de santa-cruzenses que vieram ao mundo pelas mãos de Maria Verônica, estava um dos netos, que hoje traz consigo sua memória e exemplo.
Maria Verônica Lau
Nasceu em Santa Cruz no dia 2 de setembro de 1924, filha de Antônio e Maria Verônica Froehlich. Residiu de 1946 até seu falecimento, em 1998, na Rua Coronel Oscar Jost. Foi casada com Waldy Lau e separada dele criou sozinha os seis filhos Waldy Luiz, Emílio Florindo, Lúcio, Maria Verônica, Maria Lurdes e Hilda Maria Lau Nunes.
Dá nome à Rua Maria Verônica Lau, nos loteamentos Blumen Garten e Terra Vista, no Bairro João Alves.
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