BM dá orientações de como proceder e afirma que golpe é antigo
Uma moradora de Santa Cruz do Sul, que prefere não se identificar, relatou ao Portal Arauto que quase foi vítima de um golpe ainda não muito divulgado. Desta vez, os criminosos ligam, sabem o nome da vítima, e se passam por um parente distante que pede dinheiro para o conserto de um carro estragado, já que o suposto parente estaria viajando.
A vítima afirma que, na noite desta segunda-feira (25), recebeu uma ligação de um número com o código 54, chamando ela pelo nome e dizendo ser um primo distante. O bandido disse que estaria nesta terça-feira (26), em Santa Cruz do Sul, e queria almoçar com a mulher. Ela não desconfiou, já que tem um parente com o nome passado pelo criminoso e que mora na mesma cidade relatada. "Como não falo há um tempo com meu primo, não tinha o número dele, também não notei diferença na voz", fala.
Nesta terça ela afirma que foi até o Centro e perto do horário do almoço ligou para o suposto número do primo, que constava como desligado. "Voltei para casa e um celular diferente me ligou, dizendo que era meu primo", conta. A vítima diz que comentou ter ligado para o primeiro telefone, mas o 'primo' falou que teve um problema na estrada, sofrendo um acidente e que quebrou uma peça do carro. Ele então passou o contato de um mecânico que teria arrumado o veículo. "Anotei o telefone e liguei. Um homem disse que a peça custava R$ 1.500,00 e que eu poderia fazer um depósito bancário. Na hora já desconfiei, mas mesmo assim anotei o número da conta".
Intrigada, ela ligou novamente para o até então parente e queria saber a localização, dizendo que iria buscá-lo. "Ele inventou a desculpa de que não poderia deixar o automóvel sozinho, mas que era pra eu fazer o depósito e que quando ele chegasse em Santa Cruz me devolveria o valor. Eu disse que não tinha, e ele insistiu para eu pedir emprestado a alguém", comenta. Foi então que ela ligou para um tio que tem mais contato com o familiar distante e contou a história. "Ele falou com o meu primo de verdade e afirmou que ele não estava em Santa Cruz."
A vítima faz um alerta. "Já tinha ouvido falar de golpes como o do bilhete premiado, mas assim não. Me assusta que ligaram de um código de área igual ao da cidade do meu parente, sabiam o meu nome e o nome dele, a cidade que moro, tanto que num primeiro momento eu acreditei na história. Vale o alerta para este golpe", complementa.
Orientações
Conforme o comandante da Brigada Militar de Vera Cruz, Diogo Félix, esse golpe já é antigo e ocorre em diversas cidades. "Usam principalmente idosos, que são mais suscetíveis e acabam acreditando na história. Geralmente utilizam o nome de um parante e depois fazem o estelionato", explica. Ele orienta que a vítima, quando desconfiar de uma ligação, deve desligar o telefone e procurar contato para se certificar de que realmente seja de fato um problema com um familiar ou um golpe.
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