Polícia

Homem é condenado a mais de 30 anos pela morte do cunhado e tentativa de matar esposa

Publicado em: 26 de agosto de 2024 às 18:53 Atualizado em: 26 de agosto de 2024 às 19:16
PROMOTORA CLASSIFICOU CRIME COMO BRUTAL | GRUPO ARAUTO
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Arnoldo Schwantes, de Vale do Sol, teve a sentença estipulada pelos crimes de homicídio qualificado, feminicídio tentado e resistência

Iniciado na manhã desta segunda-feira (26), julgamento do réu Arnoldo Schwantes teve seu desfecho anunciado por volta das 18h30min. O Conselho de Sentença foi formado por sete mulheres e presidido pelo juiz Guilherme Roberto Jasper. Arnoldo era acusado de matar o próprio cunhado, Nilson Blank, ao desferir um golpe de faca que perfurou pulmão e coração, e tentativa de feminicídio de Norma Blank Schwantes, sua esposa. O caso aconteceu em Faxinal de Dentro, Vale do Sol, em 2023. Foi condenado a 30 anos, dois meses e 20 dias de reclusão e dois meses de detenção em regime fechado por homicídio qualificado, feminicídio tentado e resistência.

Enquanto o advogado do réu, Mateus Porto, sustentou legítima defesa, e destacou que a versão de Arnoldo é de que não houve intenção do crime, a promotora Maria Fernanda Cassol Moreira frisou às juradas que a tentativa principal era a do feminicídio contra a esposa. “Foi um crime bárbaro. Dona Norma perdeu o irmão e quase morreu, tudo diante de dona Sibila, que viu o filho morrer diante de seus olhos”, destacou.

A promotora chamou a atenção para os tantos casos de violência doméstica que acontecem ainda sem o registro de ocorrência. E quando é feito o registro, geralmente a situação já está agravada. Pois dona Norma, salientou a promotora, chegou a registrar ocorrência contra o marido, revelando que ele havia bebido muito e, ao ser contrariado por ela, que se negou a se arrumar para ir a uma festa, teria usado de uma cadeira para bater. “Esse contexto de violência doméstica às vezes perdura por muito tempo até que culmina com uma tragédia”, disse Maria Fernanda.

Ainda, lamentou a fatalidade com Nilson, que ao refugiar a irmã em sua casa, estava sentado em uma cadeira de praia ao ser atacado com o golpe de faca. A promotora mostrou fotos da cena do crime e leu trechos da perícia e de depoimentos. “Houve um homicídio brutal e mais uma tentativa de homicídio que a levou a ficar hospitalizada, gravemente ferida”, declarou a promotora.

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