Para entender uma criança, é preciso ouvir. É preciso silenciar o julgamento, a orientação e estar atento ao que ela diz e perceber o que ela sente. É olhar pela perspectiva dela. Eis o primeiro passo.
Você sabe, eu sei. Ninguém conhece melhor os nossos filhos do que nós mesmos. Sentimos quando algo de bom aconteceu, o sorriso está diferente e a boquinha pronta para contar. Já chegam anunciando as boas novas.
E quando há algo de errado acontecendo com eles, percebemos também, porque a espontaneidade em falar do assunto não é a mesma.
Seja um desentendimento com algum amigo, seja algo de novo na escola, talvez até um desejo não atendido ou uma palavra mal dita por alguém. O comportamento muda, as atitudes se alteram e a gente sente.
Percebemos por vezes na sutileza de um comentário, ou em uma frase deles repetida insistentemente, como que dizendo: preste atenção nisso, eu preciso falar. Pode parecer algo pequeno e insignificante para nós, mas sempre devemos estar atentos. Especialmente para que pequenas chateações não se tornem grandes problemas logo ali na frente.
Em um mundo emocionalmente instável, o olhar atento às nossas crianças é vital. Lidar com as emoções nunca foi tarefa fácil. Se até os adultos resvalam nestas questões vez e outra, como fortalecer os nossos pequenos?
O mais simples pode ser a melhor solução: estar atento aos sinais e pronto a ouvir com verdadeiro interesse.
Não banalizar. Falar sobre os sentimentos, deixar que as crianças falem sobre o que sentem e como sentem. O tempo de qualidade com os filhos também é isso. Pode ser em uma brincadeira despretensiosa que o assunto venha à tona.
Para orientarmos as crianças a lidarem com suas emoções, precisamos percebê-las atenta e verdadeiramente. Não se trata de evitar ou poupar os filhos da frustração, da tristeza. Afinal, eles – assim como nós – vivem emoções diversas ao longo do dia. E quando as crianças entendem o que se sentem, as suas emoções, e conseguem lidar com elas de maneira mais assertiva, é mais fácil encontrar soluções para os problemas e para lidar com eles conforme forem crescendo.
Crianças são intensas e verdadeiras. Fale com elas sobre as emoções e sobre como lidar com elas. Faça com que as crianças confiem naquilo que sentem. Valide os sentimentos delas, ainda que depois seja necessário fazê-la ver de outra perspectiva. Mas, antes de tudo, veja pelos olhos dela.
Os desafios estão aí, desde criança. E serão perenes em todas as idades.
As crianças estão crescendo. Você está percebendo os sinais?
Aqui nesta “Conversa de Mãe” em áudio tem um conteúdo muito bacana e informativo sobre Setembro Amarelo. Informações trazidas pela pediatra Clarissa Aires Roza sobre a relação deste tema com as crianças e os adolescentes. Assunto urgente e muito importante. Clique aqui para ouvir.
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