O que se sabe sobre o grupo criminoso que vendia armas e traficava animais na região

O Vale do Rio Pardo foi um dos alvos da operação contra o tráfico ilegal de animais silvestres e de armas para caça que mobilizou diferentes regiões do estado. As ações foram desencadeadas na manhã desta sexta-feira (26) e envolveram agentes de Rio Pardo, Santa Cruz do Sul e Venâncio Aires. Somente na Cidade Histórica, foram cumpridos dez mandados e três pessoas foram presas.

O delegado Anderson Faturi coordenou as atividades em Rio Pardo e, durante entrevista exclusiva à reportagem do Portal Arauto, comemorou os resultados alcançados. Além das prisões, foram resgatados cinco animais silvestres e foram apreendidas quatro armas de fogo. Em Venâncio Aires e Santa Cruz, nada foi encontrado.

As pistolas, espingardas, rifles e carabinas estavam em condição ilegal, sem registro ou autorização. Faturi destacou que os itens poderiam ser usados em atividades ainda mais danosas para a sociedade do que a própria caça, como roubos e homicídios. “Elas, com certeza, acabariam parando na mão dos criminosos”, pontuou.

A ação desta sexta ocorreu após três meses de investigações e os itens encontrados nas residências dos suspeitos, como celulares, podem colaborar para identificação dos demais integrantes do grupo. Os presos em Rio Pardo, segundo a polícia, seriam caçadores ilegais. Outra prisão em flagrante foi feita por maus-tratos a um cachorro em Esteio.

Foram dezenas de pássaros resgatados durante a operação, que se estendeu das 7h até poucos antes das 12h. São espécies variadas, como caturrita, canário da terra, trinca ferro, cardeal, coleirinho, azulão, calafate, bandeirinha, gaturamo-rei, cais cais e azulinho. As aves tinham preços variados e algumas chegavam a quase R$ 2 mil.