Estimativa da prefeitura é de que cerca de 5.700 pessoas estão fora de suas casas desde a enchente do mês de maio
Com os impactos da enchente registrada em maio deste ano, que agravou os problemas ocasionados pelas cheias de setembro e novembro do ano passado, o município de Cruzeiro do Sul ainda busca formas de se reorganizar e reconstruir novas áreas para a população afetada.
Conforme o prefeito João Dullius, alguns pontos do município ainda seguem com aspecto do pós-enchente. Além disso, 93 famílias continuam abrigadas em ginásios disponibilizados pela Administração Municipal. “Devido a grande destruição registrada em diversos bairros, especialmente no Passo de Estrela, temos cerca de 5.700 pessoas fora de suas casas. Alguns estão com parentes e amigos, outros migraram para municípios da região e há ainda 93 famílias, cerca de 240 pessoas, que estão em três abrigos do município.”
Para ofertar um pouco de comodidade aos desabrigados, a Prefeitura realizou a instalação de divisórias entre as famílias, bem como disponibiliza cozinha, lavanderia e banheiros comunitários. “Tentamos dar este conforto, porque sabemos que esta situação ainda seguirá por um tempo”, salienta Dullius.
Enquanto isso, a Administração Municipal segue buscando novas áreas para fazer a instalação de unidades habitacionais. Uma, inclusive, já foi adquirida pelo Executivo. O local com aproximadamente 17 hectares, fica localizada entre os bairros Cascata e Passo de Estrela, distante de área inundável.
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“A desapropriação foi feita de forma amigável. Sempre buscamos fazer desta forma, justamente para ganhar tempo. Temos uma outra área já encaminhada, que esperamos que se concretize. Essas áreas nos ajudam muito, mas, claro, precisamos fazer a parte de infraestrutura, arruamento, água e luz, e isso requer um pouco de tempo em função da burocracia”, salienta o prefeito.
Segundo o chefe do Executivo, 1.100 residências foram totalmente destruídas pela enchente de maio. Desta forma, o município atua para realizar a construção de número semelhante de novas unidades habitacionais. Cem casas já foram ofertas por uma empresa, 40 foram aprovadas através de projetos do Governo do Rio Grande do Sul e 50 pela União. Há, ainda, um município de Santa Catarina que adotou a cidade do Vale do Taquari e também fará o encaminhamento de casas, que só precisarão ser instaladas nos novos locais.
“Neste terreno que já adquirimos, conforme avaliação do Setor de Planejamento, poderemos construir em torno de 550 casas, o que já seria um alento muito grande para a população que segue a espera. Mas além de tudo isso, ainda há ruas e localidades que não conseguimos acessar, especialmente em pontos em que o solo não ajuda por estar em uma área de várzea e próximo ao Rio Taquari”, destaca Dullius.
Cruzeiro do Sul é um dos municípios do Estado com maior número de vítimas fatais. Até o momento, conforme a Defesa Civil do Rio Grande do Sul, são 19 mortes confirmadas em decorrência da cheia e cinco pessoas seguem desaparecidas.
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