Hoje em dia, raramente alguém ostenta uma colheita gigante. Não acredito que elas tenham deixado de existir
Deixe eu explicar: não quero dizer que este tempo não existe mais e que não nascem verduras gigantes. Nada disso.
Pelo contrário, aliás. Neste feriado alusivo ao Dia do Colono e Motorista, quando fui espiar o desfile na localidade de Ferraz, lá estavam elas, as mandiocas gigantes em cena. O que sempre gostei, aliás, nos desfiles de Colono e Motorista, é isso: quando se resgatam curiosidades da lida do campo e histórias, das origens do trabalho, implementos antigos, para chegarmos à evolução.
Pois voltando à questão das verduras gigantes, em outros tempos era muito comum virem agricultores até a sede do jornal trazendo suas colheitas para que pudéssemos fotografar e publicar no impresso. Toda semana era alguém que chegava na recepção e tirava da sacola uma batata imensa, uma mandioca que quase batia no teto, um cacho de banana numeroso, uma moranga super pesada, e assim a coisa ia.
E cabia ao pessoal da redação encontrar por perto algum objeto para colocar ao lado, para ser a comparação na foto. Seja caixinha de fósforo, caneta, régua, cédula. Algo que o leitor facilmente pudesse comparar e pensar: nossa, que baita cenoura, que enorme esta batata…
Hoje em dia, raramente alguém ostenta uma colheita gigante. Não acredito que elas tenham deixado de existir. Mas acho que o produtor perdeu um pouco o interesse em mostrar. Salvo o desfile de Ferraz, que fique claro! Por isso, achei alguns registros do Tempo do Epa, da caixa de fotografias de
papel para mostrar que era moda e fazia sucesso nas edições do jornal.