Saúde

Santa Cruz estuda medidas para lidar com faltas em consultas médicas no SUS

Publicado em: 26 de maio de 2025 às 18:10
  • Por
    Kássia Machado
  • FOTO: FREEPIK
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    Em abril, somente na reabilitação intelectual foram registradas 276 ausências

    A Secretaria de Saúde de Santa Cruz do Sul está enfrentando um desafio persistente com pacientes que não comparecem às consultas médicas no Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente nas especialidades. O número de faltas tem sido alto, comprometendo o funcionamento da central de regulação e prejudicando o andamento das filas de espera.

    Conforme o Secretário municipal de Saúde, Rodrigo Rabuske, cada ausência representa duas perdas. Uma do paciente que não foi atendido e a vaga que poderia ter sido ocupada por outra pessoa aguardando por atendimento médico. “O que nos preocupa é que agora, no mês passado, novamente nós tivemos um número de faltantes bastante consideráveis. E é importante fazer esse apelo à comunidade”, disse em entrevista à Arauto News 89,9 FM.

    Rabuske e o coordenador da Central de Regulação da Secretaria Municipal de Saúde, Davi Nóbrega, destacaram que, nas especialidades, as faltas causam impactos ainda maiores, já que são consultas iniciais que definem diagnósticos e encaminhamentos para tratamentos. Em abril, por exemplo, somente na reabilitação intelectual foram registradas 276 faltas.

    Para enfrentar o problema, a pasta estuda realocar os pacientes faltosos para o final da fila, principalmente nos casos de ausência sem justificativa. Atualmente, quem falta pode solicitar novo agendamento mantendo a posição anterior. “Porque, senão, o que acontece? Acaba virando algo cíclico. A pessoa falta reagenda, falta reagenda. Ela continua ocupando aquele espaço e não deixa a gente andar com a fila”, argumentou Nóbrega. Além disso, está sendo realizado um recadastramento dos pacientes em fila para procedimentos de alta complexidade. A ação visa identificar pessoas que já resolveram seus problemas de saúde por outros meios, ou até casos mais extremos, como pacientes que faleceram enquanto aguardavam.

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