Coletiva de imprensa detalhou os próximos passos da Polícia Civil e do Ministério Público
Na tarde dessa terça-feira (25), uma coletiva de imprensa foi realizada para divulgar os detalhes da megaoperação denominada Enxuta, realizada pela Polícia Civil, que resultou na prisão de seis pessoas e na descoberta de mais de 100 imóveis, localizados em Santa Cruz e em Venâncio Aires, em nome dos investigados, operações bancárias que ultrapassam os R$ 20 milhões e estabelecimentos comerciais, incluindo um posto de combustíveis, uma loja de conveniência e uma revenda de veículos.
De acordo com o promotor Pedro Rui da Fontoura Porto, foi revelado que os investigados estavam como proprietários de vários imóveis, inclusive declarando uma evolução patrimonial significativa nos últimos anos. Além disso, muitos bens estavam em nomes de terceiros, geralmente de familiares dos investigados. “Vinham declarando, no Imposto de Renda, uma evolução com o passar dos anos. De 2018 a 2022, foi uma evolução de R$ 200 mil para R$ 2 milhões, mas também havia muitos bens em nomes de terceiros, quase sempre de familiares”, explicou.
Em relação aos estabelecimentos comerciais, o promotor informou que, por enquanto, apenas o imóvel onde funciona o posto de combustíveis ficará indisponível. As investigações continuam e a situação dos empregados dos estabelecimentos ainda está sendo analisada. “A operação continua por enquanto”, colocou.
O promotor também informou que foi elaborada uma denúncia com 103 páginas, já recebida pela justiça. Nove dos investigados já são réus em um processo formal e, em breve, serão citados para iniciar seu trabalho de defesa. A audiência de instrução para ouvir as testemunhas poderá ocorrer em poucos meses, uma vez que se trata de um processo cuja prova é principalmente documental, com depoimentos de algumas pessoas apenas para mostrar como foi feita a investigação.
O promotor ressaltou ainda que a complexidade do caso não será diminuída e que os bens apreendidos durante a operação que servirem para a acusação já delimitada contra os réus serão inseridos no processo. Caso contrário, novas investigações poderão ser abertas no futuro para outros fatos relacionados. Os bens bloqueados poderão ser vendidos antes do fim do processo em leilão, por preço não abaixo de 75% do valor de avaliação. “O dinheiro fica em uma conta judicial inicialmente. Se eles forem condenados, vai para o Estado. Se absolvidos, o dinheiro é devolvido para eles”, detalhou.
A operação resultou na prisão de seis pessoas, incluindo três com condenações anteriores por tráfico de entorpecentes, além das esposas de dois deles e um empresário que possui uma revenda de veículos em Venâncio Aires. As investigações apontam que a organização criminosa lavava dinheiro do tráfico de drogas há anos, atuando no topo da pirâmide do tráfico na região.
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