No primeiro trimestre o estado já acumula um saldo positivo de quase 24 mil empregos
Em março, pelo terceiro mês consecutivo, o Rio Grande do Sul apresentou crescimento do número de empregos formais. A alta foi de 5.236 novos postos de trabalho, uma elevação de 9% diante do mesmo período de 2016, representando o melhor desempenho em todo o país. No primeiro trimestre de 2017 o estado já acumula um saldo positivo de quase 24 mil empregos, superando em 32,2% os três primeiros meses do último ano.
– É um resultado expressivo. Mostra a recuperação da atividade econômica do Rio Grande do Sul, sendo um passo importante para superar a recessão que predominou no território gaúcho nos últimos dois anos e meio. Podemos acreditar que a geração de mais emprego e renda terá reflexos importantes na retomada da empregabilidade no varejo muito em breve – afirma o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul – FCDL-RS, Vitor Augusto Koch.
No âmbito do varejo, março apresentou uma redução de 2.101 postos de trabalho, explicada pela dispensa de colaboradores temporários que atuaram, em sua maioria, nas cidades do litoral gaúcho. O levantamento da FCDL-RS mostra que cidades como Capão da Canoa, Tramandaí, Torres, Cidreira e Xangri-lá lideraram o quesito da demissão de trabalhadores varejistas. Já nos maiores centros de consumo o mês de março apresentou boa reação nas contratações, despontando municípios como Santa Maria, Caxias do Sul e Pelotas, importantes polos universitários.
– O estudo da Federação aponta que 274 municípios registraram estabilidade ou alta no emprego varejista, diante de 223 com saldo negativo. Esta diferença em favor das contratações deixa evidente a concentração das dispensas em cidades turísticas e confirma a perspectiva de retomada do emprego no comércio a partir do segundo trimestre deste ano. É claro que a recuperação depende do fortalecimento do ambiente econômico e político do país, que ainda apresenta muita instabilidade – reforça Vitor Augusto Koch.
Em março, dos 78 gêneros do comércio varejista gaúcho, 26 registraram aumento ou estabilidade do número de postos de trabalho, diante de 52 segmentos em queda. Os destaques positivos ficaram para os hipermercados, típicos dos grandes centros urbanos e ausentes dos balneários, e confeitarias, enquanto as demissões ficaram centradas nas lojas que desmobilizaram mão de obra temporária por conta do final de veraneio nas praias gaúchas, centrando-se em vestuário e calçados e supermercados de menor porte.
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