Região

Cachoeira do Sul emite alerta epidemiológico contra a leptospirose

Publicado em: 26 de abril de 2017 às 08:54 Atualizado em: 19 de fevereiro de 2024 às 13:43
  • Por
    Bruna Lovato
  • Fonte
    Prefeitura de Cachoeira do Sul
  • Foto: Divulgação
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    Município teve, neste ano, uma morte e outros três casos confirmados da doença

    A Secretaria de Saúde de Cachoeira do Sul, através do Departamento de Vigilância em Saúde, emitiu alerta epidemiológico tratando sobre os riscos da leptospirose. Neste ano, Cachoeira do Sul já teve a confirmação de quatro casos da doença, sendo que um deles evoluiu para óbito. Outros dois casos aguardam resultado de exame (um paciente já esta em casa e outro segue no Hospital de Caridade e Beneficência).

    De acordo com Andréa Santos, responsável pela Vigilância Epidemiológica de Cachoeira do Sul, o número de casos não é alarmante, mas com a chegada do inverno, chuvas e inundações, aumentam os riscos de contaminação. Por isso, a população precisa estar alerta para se prevenir e os profissionais de saúde para avaliarem os sintomas da doença. “Vamos enviar o alerta para os consultórios e postos de saúde para que todos estejam atentos para diagnosticarem os sinais compatíveis com a leptospirose, iniciando assim o mais rápido possível o tratamento”, enfatizou Andréa.

    Cuidados

    Andréa destaca ainda que alguns cuidados são fundamentais para manter os ratos, principal vetor da doença, longe das residências. Além da limpeza dos pátios, a coordenadora lembra ainda que ações simples como não deixar potes de alimentos abertos, recipiente de alimentos de cães e gatos com ração durante a noite e a utilização de Equipamento de Proteção Individual (EPI´s) para quem trabalha com grãos, são fundamentais para manter os ratos longe ou pelo menos se proteger do contato com sua urina.

    Importante

    O único caso de leptospirose que evoluiu para óbito neste ano é de um homem, morador do Bairro Cristo Rei. Apesar de o diagnóstico ter chegado apenas após sua morte, os sintomas que ele apresentava já fizeram com que os profissionais de saúde oferecessem a ele tratamento para esta doença. Ele já apresentava outros problemas de saúde e não resistiu.

    ALERTA EPIDEMIOLÓGICO – N° 001/2017

    A Leptospirose é uma doença causada pela bactéria Leptospira, presente na urina dos roedores. Durante as enchentes / alagamentos, a urina dos ratos, que contamina os esgotos e bueiros, mistura-se à enxurrada e à lama. Qualquer pessoa que tiver contato com a água ou lama nessas ocasiões, pode infectar-se. A Leptospira penetra no corpo pela pele ou mucosas, principalmente por arranhões ou pequenos ferimentos e também através da pele íntegra, quando o contato com a água for prolongado.

    A Equipe de Vigilância em Saúde alerta que, devido às chuvas e possíveis inundações que podem ocorrer, muitas pessoas podem entrar em contato com água contaminada. Lembra ainda que a contaminação pode ocorrer em situações relacionadas ao trabalho, principalmente na cultura de arroz. Sendo assim, lembra aos profissionais de saúde que fiquem atentos aos sinais e sintomas compatíveis com Leptospirose: febre de início súbito, mialgias, cefaléia, associados a sufusão conjuntival, náusea e/ ou vômitos, calafrios, alterações do volume urinário, icterícia, fenômenos hemorrágicos e/ ou alterações hepáticas compatíveis com Leptospirose ictérica ou anictérica grave, com antecedentes epidemiológicos sugestivos (contato com água ou lama contaminados), nos trinta dias anteriores à data de início dos sintomas (média de 7 a 14 dias).

    Neste sentido, a VS lembra sobre a importância de instituir o tratamento com antibióticos já na suspeita clínica da Leptospirose e notificar, por telefone, todo caso suspeito, no momento do atendimento do paciente (fones: 37243112 e 37231351 horário comercial e 3723 1364, número de plantão à noite, finais de semana e feriados). No momento da notificação do caso, será combinada a coleta do exame sorológico específico (ELISA – IgM, a partir do 7° dia do início dos sintomas). Os exames laboratoriais (hemograma completo, provas de função hepática e renal, raio-X de pulmão nos casos anictéricos, e outros) são importantes para o acompanhamento da evolução da doença, e devem ser solicitados sempre que possível. A notificação desencadeará medidas de controle de roedores nos casos confirmados da doença.

    Cachoeira do Sul, 25 de abril de 2017.

    Equipe de Vigilância em Saúde

    Departamento de Vigilância Ambiental

    Secretaria Municipal de Saúde