Emater/RS-Ascar apresenta, na Expoagro, um conjunto de iniciativas voltadas à sustentabilidade
A 23ª edição da Expoagro Afubra, realizada na localidade de Rincão Del Rey, no município de Rio Pardo, iniciou nessa terça-feira (25/03) e segue até a próxima sexta-feira (28/03). No evento, a Emater/RS-Ascar apresenta, no Espaço Casa da Emater, um conjunto de iniciativas voltadas à Sustentabilidade e à comemoração dos 70 anos da Ascar, que serão celebrados em junho deste ano. Entre os destaques está a parcela de Tecnologia de Aplicação de Defensivos Agrícolas, que visa orientar os agricultores sobre boas práticas na utilização de produtos hormonais.
O engenheiro agrônomo e extensionsita rural da Instituição, Roger Terra de Moraes, destaca alguns dos pontos de atenção que os produtores devem ter, como é o caso dos fatores ambientais ideais para a aplicação de defensivos. “Temperatura abaixo de 30 graus, umidade relativa do ar acima de 50% e velocidade do vento entre 3 e 10 km/h são condições fundamentais para evitar problemas como a deriva”, destaca Moraes. Além disso, a escolha adequada dos bicos pulverizadores é essencial para garantir que as gotas geradas sejam grossas o suficiente, reduzindo riscos de contaminação de culturas sensíveis.
Outro ponto abordado é a importância da correta inspeção dos pulverizadores. Moraes ressalta que a Emater/RS-Ascar desenvolve o programa Inspeciona RS, que visa assegurar aplicações seguras tanto para os agricultores quanto para o meio ambiente. Além da parte técnica, a legislação vigente exige que os produtores realizem um curso ministrado pela Emater/RS-Ascar para obter certificação e, assim, se cadastrarem na Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), garantindo a aquisição legal de produtos hormonais.
A deriva de defensivos, um dos desafios na aplicação desses produtos, também é enfatizada na parcela. “Os produtos hormonais são altamente voláteis e podem percorrer grandes distâncias, seja pelo vento ou pela volatilização, podendo afetar culturas sensíveis como videiras, pomares de laranja e tabaco”, explica o engenheiro agrônomo. Moraes destaca que a problemática da deriva levou à criação de normativas específicas que regulam o uso desses produtos, determinando que municípios com forte presença de fruticultura e tabaco fossem os primeiros a adotar regras mais rigorosas para aquisição e aplicação. No entanto, até 2026, todos os municípios do RS deverão cumprir as exigências. Além da dispersão pelo vento, a volatilização pode fazer com que os produtos se misturem à atmosfera e, posteriormente, precipitem em locais distantes, causando danos a culturas sensíveis e prejuízos financeiros significativos. Esse cenário reforça a necessidade de que os agricultores sigam as recomendações técnicas e legais, garantindo a segurança da aplicação e evitando impactos ambientais e econômicos.
Em uma área de 15.500m², a Emater/RS-Ascar apresenta 20 parcelas temáticas relacionadas à diversificação das atividades produtivas, geração de renda, qualidade de vida, cuidados com o meio ambiente e à permanência do jovem no campo. Estão sendo apresentados, além da Tecnologia da Aplicação, os temas Apicultura e Meliponicultura, Agroindústria Familiar, Artesanato Rural, Bovinocultura de Leite, Cozinha Show, Cooperativismo, Erva-mate, Ajardinamento e Floricultura, Fruticultura, Morango em substrato, Olericultura, Plantas Bioativas, Processamento de Carnes, Pecuária Familiar, Piscicultura, Saneamento Ambiental, Secagem e Armazenagem, Solos, e Turismo Rural.
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