Ídolo morreu aos 68 anos
Um dos jogadores mais emblemáticos da história colorada, Claudiomiro vai deixar saudade para toda a nação vermelha. Desde os que testemunharam com seus próprios olhos os feitos do eterno goleador, até quem não teve esse privilégio, mas cresceu ouvindo as histórias do lendário camisa 9, não há quem não esteja de luto neste final de semana. Terceiro maior goleador do Clube do Povo e autor do primeiro gol do estádio Beira-Rio, Claudiomiro faleceu nesta sexta-feira (24), aos 68 anos, em Canoas. O velório ocorreu durante este sábado, na Capela Nossa Senhora das Vitórias, e reuniu dezenas de colorados solidarizados com a morte do ídolo para dar o último adeus.
Confira as palavras de alguns deles:
Fernando Carvalho, ex-presidente
"Acompanhei o seu surgimento desde o início, ainda nos Eucaliptos. Não tenho dúvida em dizer que foi o maior centroavante do Internacional que eu vi atuar. Inclusive, na minha seleção de todos os tempos, ele é um dos integrantes. Jogador extraordinário, matador, se posicionava muito bem, era rápido. Pifava seus companheiros toda hora, o Valdomiro que o diga. Enfim, é uma perda pra nós, vai ficar na nossa história, vai ficar na nossa memória. Eu estive hoje aqui pra dar meu abraço final, um adeus para esse grande jogador colorado."
Mauri Luiz da Silva, secretário geral do Clube
"Eu tenho quase a idade do 'Miro' e comecei a ficar apaixonado pelo Internacional quando aquele garotinho de 16 anos ascendeu ao time titular, em um Robertão, e assombrava todo mundo. Depois, ao ver a inauguração do nosso velho Gigante, com gol dele. Muitos anos depois, como diretor de relacionamento social, fiz inúmeras viagens com o Claudiomiro pelos consulados no interior. É uma verdadeira bandeira do Internacional. Ele se junta nessa seleção celestial com Fernandão, Carlitos, Tesourinha, Vacaria, Caçapava, grandes craques que tivemos."
A história do craque
Autor do primeiro gol no Beira-Rio, Claudiomiro chegou ao Inter com apenas 13 anos. Estreou nos profissionais com 16 anos, e tinha 18 quando fez o histórico gol contra o Benfica de Portugal, na inaguração do Gigante, em 1969. Chamado de Bigorna, fez parte, no início da carreira, de um ataque que tinha outros jogadores jovens – como Sérgio, Dorinho e Bráulio. Além de suas excepcionais características como centroavante, era também um excepcional cavador de pênaltis. Sempre em alta velocidade, ajeitando a bola para o pé direito – ou o esquerdo – antes de soltar a bomba, Claudiomiro foi o dono absoluto da camisa 9 do Internacional-RS entre 1967 e 1973. Com 210 gols marcados, Claudiomiro é o terceiro maior artilheiro, ficando atrás apenas de Carlitos (485) e Bodinho (235).
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