Atração do baile Encantos do Sul, que culminou com a formatura do curso de danças gaúchas nesta quarta, tradicionalista relembra trajetória
Francisco Desidério Alves Corrêa. O nome comprido teve que ser atalhado quando mais novo. Virou Chico, Chiquinho, naturalmente. Com seu irmão, saiu de Soledade e foi para Erechim, se apresentando como Chiquito e Gildinho. O nome não colou, afinal, existia o maestro Chiquinho do Acordéon. “Então alguém gritou ao fundo: que tal Chiquito? E ficou”, diverte-se.
Chiquito e Gildinho acabaram criando o Grupo Os Monarcas, e em 1995, o gaiteiro fundou o Bordoneio. Essa rápida trajetória foi compartilhada por Chiquito durante o baile de formatura do curso de danças gaúchas promovido em parceria com o programa Encantos do Sul, da Arauto FM. O baile, animado por Chiquito e Bordoneio, era a sensação na noite desta quarta-feira (24), no CTG Lanceiros de Santa Cruz.
Desde o primeiro disco Fungando Poeira, o grupo foi reconhecido, relembra Chiquito, numa época que estava se formando o tchê music. No segundo trabalho já gravaram Roda Morena, um sucesso até hoje nos bailes, e que rendeu primeiro disco de ouro.
Formado em música, Chiquito, apaixonado pelo seu acordeón, sublinha que o grupo criou um estilo próprio de tocar, com música simples e característica fandangueira. O que faz com que seja muito requisitado para os bailes pelo Rio Grande afora. Tantos que se torna impossível quantificar. “ Só em setembro do ano passado foram 28 bailes, para esse ano já são 30 agendados”, calcula.
Fora dos bailes, adora arrumar coisas, se mostra uma pessoa inquieta. “Tenho que estar ocupado. Se não estou, pego a gaita e vou compor”, revela ele. Afinal, Chiquito & Bordoneio continua marcando época com sucessos recentes e uma formação musical de fazer ‘gastar o taco da bota’. Além de Chiquito integram o grupo Márcio Fava (voz), Fabrício D’Favery (voz e contrabaixo), Lucas (acordeón), Edison (guitarra e voz), Dione Otharan (baterista), Juninho (gaita e voz).
