Gabriel Souza reforçou urgência de medidas emergenciais voltadas aos produtores rurais do Estado
Durante a abertura da 23ª Expoagro Afubra, realizada nesta terça-feira (25), em Rio Pardo, o vice-governador Gabriel Souza reforçou a necessidade de mais apoio do governo federal aos agricultores do Rio Grande do Sul. Ele destacou que o Estado enfrenta uma das maiores crises climáticas de sua história, com sucessivas estiagens e eventos extremos que impactam diretamente a produção rural e a economia.
“Estamos vivendo a quarta estiagem consecutiva, intercalada com enchentes severas. Enquanto o Brasil registra uma safra recorde de grãos, o Rio Grande do Sul sofre com perdas que, em algumas regiões, ultrapassam 44% da colheita de verão. Isso não é uma questão de tecnologia ou de trabalho, pois o produtor gaúcho é altamente capacitado: é de localização geográfica e mudanças climáticas, o que exige um tratamento diferenciado por parte da União”, argumentou Gabriel.
Diante desse cenário, o vice-governador cobrou medidas emergenciais do governo federal. Entre as principais demandas, Gabriel destacou a necessidade de prorrogação do vencimento das parcelas de financiamento agrícola que expiram em maio e a securitização das dívidas em um prazo adequado para pagamento. “Se os agricultores não conseguirem honrar seus compromissos, perderão acesso ao crédito, inviabilizando a próxima safra. Isso afetará desde os pequenos produtores até os grandes, impactando toda a cadeia produtiva. Precisamos de soluções concretas e urgentes para evitar um colapso na produção agrícola do Estado”, ressaltou.
O vice-governador também afirmou que o governo do Estado tem feito sua parte para minimizar os impactos das adversidades meteorológicas, com investimentos robustos e programas como o Supera Estiagem – que destina recursos diretos para irrigação e infraestrutura hídrica. No entanto, ele enfatizou que essa responsabilidade não pode ser exclusiva do Rio Grande do Sul.
“O governo federal ajudou muito nas enchentes do ano passado, e somos gratos por isso. Mas os eventos meteorológicos continuam a castigar nosso Estado, e as medidas de apoio precisam ser contínuas e definitivas. Não se trata de pedir privilégios, mas de reconhecer que o Rio Grande do Sul vive uma realidade diferente do restante do país e precisa de um olhar especial”, finalizou.
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