Inauguração do Pavilhão da Agricultura Familiar destaca agroindústrias e desafios do setor agrícola

Inaugurou na manhã desta terça-feira (25) o Pavilhão da Agricultura Familiar na Expoagro Afubra 2025, em Rio Pardo. O espaço já tradicional da feira é dedicado às agroindústrias e à valorização dos pequenos produtores.

Durante a abertura, em entrevista à Arauto News 89,9 FM, o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Carlos Joel da Silva, destacou a importância da Expoagro Afubra como um espaço para os agricultores conhecerem tecnologias e inovações que possam ajudá-los a enfrentar os desafios climáticos. Ele também evidenciou o Pavilhão da Agricultura Familiar, que vem crescendo a cada ano. “É um setor que está dando certo. Os produtores estão expondo seus produtos maravilhosos aqui, produtos com lançamento para a população que vem visitar o parque. Isso é fundamental”, elogiou.

Preocupação com a estiagem

Em meio à 23ª edição, autoridades e líderes do setor agrícola gaúcho manifestaram preocupação com a situação dos produtores rurais do estado, especialmente devido aos impactos de quatro anos de estiagem e dois anos de enchentes.

O vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza, destacou a necessidade urgente de soluções para os agricultores que enfrentam dificuldades financeiras e de acessar crédito para plantio. O governador Eduardo Leite está em Brasília para tratar do tema com autoridades federais. “Eu espero que a gente consiga, primeiro, postergar essa dívida que vence em maio, já a primeira parcela. Em segundo, securitizar, se possível, em 20 anos, para que a gente consiga ter fôlego. Com isso, reorganizar as questões financeiras do setor e, principalmente, investir em irrigação, para que, nos próximos episódios eventuais que aconteçam, sejamos melhor preparados”, frisou.

Souza expressou otimismo quanto a uma resposta positiva do Congresso Nacional e do Governo Federal, mas ressaltou a necessidade urgente de respostas efetivas. “Porque, realmente, a situação é muito complicada para o produtor rural do Rio Grande do Sul”, concluiu.

Conforme o presidente da Fetag-RS, as recentes enchentes e secas registradas no estado fazem com que o produtor rural precise buscar alternativas para evitar a perda de seu produto. No entanto, ele reforça a necessidade do agricultor receber auxílio, especialmente na melhora do Proagro. “Para isso, o produtor precisa fazer investimentos. Agora, para fazer investimentos, nós temos que rediscutir as dívidas que nós temos. Por que nós estamos negociando, por que estamos trabalhando prorrogação de dívidas, securitização? Nós tivemos a seca, mas porque nós não temos uma política de ajuda por parte de seguro rural, que dê conta dessas necessidades?”, questionou Silva.