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Safra positiva. Valorização não

Publicado em: 24 de maio de 2017 às 17:27 Atualizado em: 19 de fevereiro de 2024 às 14:03
  • Por
    Lucas Miguel Batista
  • Fonte
    Jornal Arauto
  • Foto: Lucas Batista/Jornal Arauto
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    Esperança de melhora no preço fica para o ciclo que está iniciando. Em Vera Cruz, já tem canteiros com mudas

    Trabalho que não tira férias. As etapas da atual safra nem terminaram e outra já está se desenhando. Assim é a vida do fumicultor. Enquanto os galpões da propriedade de Claudério Mueller, em Rincão da Serra, ainda são ocupados para a lida do tabaco curado, as sementes, que darão início à nova safra, já estão germinando nos canteiros. A rotina se repete a cada ano, mas o que não estava nos planos de quem produz o produto que movimenta a economia local era a pouca valorização por parte das empresas fumageiras. A média final caiu consideravelmente em relação à última safra. “Produto teve, e muito. O que faltou foi as empresas terem comprado melhor”, expõe Mueller.

    Mesmo que o valor recebido pelo tabaco tenha ficado aquém do esperado, o fumicultor vai manter a quantia plantada no último ano. São 80 mil pés de fumo, cultivados pelo casal, que em algumas etapas da produção, como plantio e colheita, precisa contratar mão de obra. “São cinco pessoas no forte da colheita”, conta Mueller.

    Para sustentar a propriedade, os estudos da filha e a vida em família é fundamental manter o cultivo do tabaco, segundo Mueller. “Temos que seguir plantando fumo devido ao custo de vida. A única coisa que dá para vender e que rende lucro ao pequeno produtor é o tabaco. As outras coisas são só para o consumo”, conta. “Experimentamos plantar milho no último ano. Quando semeamos, o valor do saco estava o dobro de quando nós tínhamos o milho para vender. O milho, para nós, não foi um bom negócio”, desabafa.

    NOS CANTEIROS
    A nova safra da família Mueller teve início em 3 de maio, com a semeadura nos primeiros canteiros. Na semana que vem, quando o fumo seco deve estar todo sortido e manocado, eles irão repicar as novas mudas. O plantio deve iniciar em meados de julho e a torcida é para que o clima frio não castigue. “Plantamos mais cedo para não precisar enfrentar o forte calor em dezembro e janeiro [período da colheita]”, comenta.

    A matéria completa está na edição impressa do Jornal Arauto desta quinta-feira.