Natural de Nova Veneza, Santa Catarina, ele se estabeleceu em Santa Cruz em 1982
Natural de Nova Veneza, Santa Catarina, Sérgio Damiani é uma referência de dedicação comunitária em Santa Cruz do Sul, especialmente no âmbito da Igreja Católica. Com uma trajetória marcada por voluntariado, religiosidade e preservação cultural, ele se estabeleceu no município em 1982. “A maior parte da minha vida pode-se dizer que eu sou gaúcho”, afirma.
Desde 2012, Damiani integra o Conselho Administrativo da Catedral São João Batista. Ele destaca a transparência e o compromisso com os paroquianos como princípios fundamentais do trabalho voluntário na igreja. “A gente gosta de ajudar a comunidade, está no sangue da gente. Até pelas minhas origens, eu fui seminarista por 11 anos. Eu aprendi desde jovem a colaborar, era catequista, trabalhava com grupo de jovens e está no meu sangue de sempre ajudar as pessoas“, relembra.
Além da atuação religiosa, Damiani é também um dos fundadores do Círculo Cultural Bella Itália, associação dedicada à preservação da cultura italiana em Santa Cruz. Desde 2002, são 23 anos de trabalho social. Ele revela que em maio, durante as comemorações dos 150 anos da imigração italiana no Rio Grande do Sul, será realizada uma missa em italiano na catedral.
Aposentado desde 2016, ele agora dedica ainda mais tempo ao voluntariado, quando não está com os netos. Uma das frentes atuais é o projeto de restauro da Catedral São João Batista. Ele explica que o projeto conseguiu um importante aporte da prefeitura, no valor de R$ 2,2 milhões, para a parte elétrica, iluminação e sonorização. No entanto, ele alerta que a pintura interna ainda precisa de mais recursos. “Os recursos arrecadados para essa finalidade foram pequenos e estão terminando. Se a gente não tiver um aporte rápido, nós somos sujeitos a perder essa mão de obra que vai para outro serviço e depois prolonga muito a nossa previsão do restauro“, ressalta.
Com um total arrecadado de aproximadamente R$ 2,8 milhões, cerca de 48% do orçamento previsto para a obra, Sérgio Damiani aponta que é necessária a colaboração da comunidade. “Nós clamamos para a comunidade, quem puder ajudar, porque é uma coisa que não fica para nós, para o conselho ou para o padre, todos somos passageiros, mas a cidade e o povo é que fica com a nossa catedral, que é um templo histórico, religioso, bonito e tem que ser preservado“, concluiu.