Santa Cruz pode triplicar esgoto tratado sem precisar ampliar estrutura, diz Agerst

O esgoto tratado na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Pindorama, no bairro Santuário, representa atualmente 35,81% da capacidade total da estrutura, conforme vistoria técnica realizada pela Agência Reguladora de Serviços Públicos de Santa Cruz do Sul (Agerst). O dado reforça o potencial de ampliação do serviço na cidade.

A visita ocorreu nesta semana e reuniu os conselheiros da Agerst Ernani Baier e Fábio Azevedo, além do agente de regulação Marcelo Gaedke. O objetivo foi avaliar o funcionamento do sistema biológico de decantação da estação, operada pela Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) desde 2002. “Constatamos uma boa capacidade ociosa da estrutura. Hoje, a estação trata 41,43 litros de esgoto por segundo, o que equivale a pouco mais de um terço de sua capacidade máxima, que é de 115,7 litros por segundo”, explica Baier. “Com a estrutura atual, é possível avançar no plano de universalização do saneamento, que prevê tratar até 90% do esgoto até 2031.”

A ETE Pindorama recebe esgoto de cerca de 9,6 mil imóveis conectados à rede coletora. A estação também funciona sob demanda para atender residências com separador individual. O maior desafio ainda está nas moradias sem ligação à rede da Corsan, que continuam despejando esgoto in natura nos mananciais da região.

O processo de tratamento na estação é biológico, sem uso de químicos. O esgoto passa por tanques de decantação, onde o lodo se deposita e é tratado por microrganismos. A água resultante é devolvida ao Rio Pardinho, após análise de qualidade. “A água é monitorada diariamente, e os resultados atuais demonstram uma boa eficiência do sistema”, destaca Baier.