O estopim para o pedido de demissão do ministro foi a exoneração do delegado Maurício Valeixo, publicada no Diário Oficial da União
O pedido de demissão de Sergio Moro do Ministério da Justiça gerou grande repercussão em todo o país. Com fortes declarações, o ex-ministros anunciou sua saída no final da manhã desta sexta-feira (24). Dois dos parlamentares da região – Heitor Schuch (PSB) e Marcelo Moraes (PTB) – que atuam no Congresso Nacional, conversaram com a reportagem do Portal Arauto sobre a decisão de Moro e os possíveis impactos que isso deve gerar no governo. O senador Luis Carlos Heinze (PP), também foi contatado, mas não retornou as ligações.
O que disseram os deputados federais?
Schuch: Na avaliação do deputado Heitor Schuch, a forma como Moro deixou o ministério traz à tona uma série de questões na opinão pública que, agregado as demissões de outros ministros que vem ocorrendo, deixa um cenário muito ruim para o governo. "Estivemos em reunião hoje com a bancada do PSB. Se o momento com a pandemia já é ruim, tendo a política nessa situação, tudo piora. Já temos na Câmara dos Deputados 25 pedidos de impeachment e uma série de pedidos de CPI para abrir investigação das coisas apresentadas pelo Moro. Mas agora, sem as sessões presenciais, acaba favorecendo o lado do governo", disse.
Ainda, de acordo com Schuch, os próximos dias devem ser de encaminhamentos e manifestações, tanto das lideranças quanto públicas. No entanto, apesar da crise política, o foco é na saúde. "Nossa prioridade é cuidar da saúde, aprovar projetos que tragam melhorias para nossos hospitais e agreguem a população. A questão política, não é menos importante, mas no momento não é a prioridade", afirma.
Moraes: O deputado Marcelo Moraes (PTB), disse que a saída de Moro foi uma surpresa, tanto para ele, quanto para a bancada do partido, que ainda deve se reunir para avaliar o atual cenário. Ele criticou o pedido de demissão do ministro no momento de crise, mas salientou que o trabalho do governo vai seguir. "Me surpreendeu a saída dele só agora. Penso que se já tinha queixas, podia ter saído antes. Acho que isso pode enfraquecer, mas não diminui o trabalho que o presidente vem realizando, principalmente no combate a corrupção",considerou.
O parlamentar ainda elogiou o trabalho que desenvolvido por Bolsonaro, na questão dos projetos que liberam auxílio aos trabalhadores e empresas, e lamentou a forma negativa de como isso vem sendo interpretado, gerando uma crise política maior em meio a pandemia. Quanto ao impacto da saída do ministro, Moraes acredita que, apenas da repercussão, o cargo logo deve ser ocupado por outra pessoa qualificada para tal. "O Moro era um dos pilares do Governo Bolsonaro, mas não era o Moro que garantia a transparência do trabalho. O governo não é dependente do Sergio Moro e existem sim outras pessoas habilitadas e até com um currículo maior, que podem ocupar o lugar dele", finaliza.
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