Conta-se que o mestre encontrou um rapaz triste e desiludido sentado à beira de uma estrada. O mestre perguntou: Está tudo bem? Sinto que há uma desilusão e tristeza no seu rosto. O jovem rapaz levantou a cabeça e disse: É, mestre, é a vida. A vida é uma ilusão. Eu trabalhei duro. Ganhei tanto dinheiro que nunca mais precisarei trabalhar. Fiz tudo o que sempre sonhei e foi bom, mas logo me entediei. Enchi uma mala de dinheiro e saí para viajar o mundo. Mas nada, nada, nada me faz feliz. A vida não tem mais nada para me oferecer. No mesmo instante, o mestre passou a mão na mala do rapaz e saiu correndo. Uma hora depois, o mestre estrategicamente deixou a mala num ponto do caminho por onde o jovem rapaz iria passar. Escondeu-se atrás de uma rocha e ficou esperando. De repente, o rapaz apareceu no alto de uma colina. Parecia mais desiludido, triste e mais revoltado que nunca. Mas, quando viu a mala, correu a ela e abriu. Ao perceber que o dinheiro ainda estava ali, caiu de joelhos, começou a orar em agradecimento. Atrás da rocha, ao perceber a alegria e a gratidão no rosto do jovem rapaz, o mestre se perguntou: Por que as pessoas só reconhecem o valor das coisas depois que as perdem? Entenda, moral da história, a riqueza não está naquilo que você possui, mas em reconhecer aquilo que você possui. Faça uma reflexão comigo. Hoje, antes de dormir, faça uma lista de coisas que, se acordasse pela manhã sem tê-las, deixaria você desesperado. Por exemplo, como você se sentiria se acordasse amanhã sem os seus pais? Sem os seus filhos? Sem a sua visão? Sem conseguir caminhar? Sem trabalho? Sem casa? Sem roupas? Faça essa lista e reflita sobre isso