Categoria protesta nesta segunda-feira em Santa Cruz do Sul
30 anos sem reposição salarial. 22 meses de salários parcelados e atrasados. 13º pago em 12 vezes. Escolas sucateadas. Com esses motivos, o 18º Núcleo do Cpers, mais uma vez, vai as ruas protestar contra o Governo Sartori. Nesta segunda-feira (23), a mobilização ocorre com o bloqueio da 6ª Coordenadoria Regional de Educação (6ª CRE) em Santa Cruz do Sul. A medida ocorre em todo o Estado, após definição do Comando Geral da Greve dos professores.
Logo no início da manhã, cerca de 10 pessoas bloquearam a entrada da 6ª CRE, na Rua Ernesto Alves, no centro da cidade. Segundo Sandra Santos, vice-presidente do 18ª Núcleo do Cpers, o bloqueio ocorre pelos mesmos motivos que fazem a greve acontecer. "Falta diálogo com o governo. Ele (Sartori) não nos ouve. Apenas fala que o Estado está em crise, mas não aponta soluções. Ele apenas sacrifica os trabalhores e nos coloca contra a parede", diz. De acordo com ela, Sartori pediu sensibilidade, mas não se preocupa com os professores e nem mesmo com os alunos.
O protesto deve continuar durante a manhã e tarde desta segunda-feira, com 50 trabalhadores de braços cruzados.
Remanejamento
Na sexta-feira (20), a 6ª Coordenadoria Regional de Educação, por orientação do Estado, concluiu o levantamento de vagas disponíveis para transferências de alunos de escolas em greve. Com base em vagas disponíveis nas escolas que não aderiram a paralização, a coordenadoria coloca à disposição, a partir desta segunda-feira (23), 704 vagas para alunos do 9º ano do Ensino Fudamental e 537 vagas para estudantes do 3º ano do Ensino Médio. A prioridade para essas turmas foi dada devido a necessidade de conclusão dos alunos, bem como com a preocupação com a chegada dos vestibulares.
Segundo Sandra Santos, a ação de Sartori busca furar a greve, em mais uma tentativa de desmotivar a categoria. "Ele vê o nosso movimento forte e tenta impedir as ações assim como ameaçou com demissões. Os alunos não estão tendo escolhas. O governador não está preocupado com os alunos. Ele está usando os alunos para tentar acabar com a nossa greve", declara.
A coordenadora pedagógica da 6ª CRE, Helena Etges, declara que alguns serviços serão afetados, como o remanejamento que seria iniciado hoje. Além disso, segundo ela, o protesto deve interferir na realização da Prova Brasil, marcada para hoje em Santa Cruz, pois as provas estão dentro do prédio e não há passagem. "Fomos pegos de surpresa", diz. A 6ª CRE relatou à reportagem do Portal Arauto que está sendo realizado um contato com a Procuradoria-Geral do Estado a fim de buscar uma medida para a situação.
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