Exposição de artes plásticas coordenada pelo vera-cruzense Luiz Kurz teve 14 edições e encerrou em 2003, mas é lembrada com carinho
Faz um tempinho que conversei com o vera-cruzense Luiz Kurtz sobe um tema que lhe traz nostalgia, para a coluna tempo do Epa, e hoje reproduzo aqui, no blog, para reavivar na memória de quem esqueceu ou apresentar a quem não conheceu. Talvez as novas gerações não lembrem desse evento, mas hoje quero enaltecer uma iniciativa muito bacana para quem admira as artes. Quem aí já ouviu falar da Expoarte Cultural? Quem a conheceu, imediatamente vai associar a promoção ao artista plástico vera-cruzense Luiz Kurtz. Quem é mais jovem do que o evento, vai conhecer hoje. O próprio Luiz foi quem me ajudou a relembrar, e a foto acima é dos nossos arquivos, do tempo do jornal Vera-cruzense.
Para conhecer a Expoarte é preciso conhecer seu idealizador. “Sempre fui das artes, desde criança esse dom veio da minha mãe, que na falta de recursos criava as coisas em artesanato (pratos de gesso, enfeites com capoeira seca tingida, babeirinhos e sapatinhos para os bebês, garrafões com clicas de cachos de uva e flores, artigos de páscoa/cascas vazias ornamentadas, entre outras), mais o tempo do ginásio, onde se iniciaram as gincanas. Este convívio foi me fortalecendo, vinha letreiros aos lojistas, vitrines para decorar. Então fui aperfeiçoando o que aprendi com a mãe, Natal e Páscoa tinham grande aceitação. Em 1989 veio essa vontade de fazer algo diferente, misturar tudo num evento”, recorda.
Foi aí que Luiz pesquisou com amigos e amadureceu a ideia, porque na região não havia nenhum evento direcionado às artes ou ao artesanato. Em 1990 percorreu todas as lojas e indústrias expondo a ideia e adivinhem: deu certo. Tudo feito a pé e sozinho.
Onde hoje é a Secretaria de Desenvolvimento Rural aconteceu o primeiro evento. E deu tão certo que cresceu. A segunda edição foi no pavilhão da Comunidade Evangélica. “Dos cartazes dos patrocínios feitos a mão para o jornal eletrônico da Kopp Tecnologia”, recordou Luiz sobre a evolução. Foram 14 edições, até 2003, e vários artistas e artesãos se somando à exposição, que acabou entrando no calendário oficial do Município e, inclusive, atraiu empresas para uma feira. Ainda que a mostra de trabalhos artísticos sempre tivesse no foco, a participação de empresas e entidades agregou ainda mais valor ao evento, diversificando-o. Também com isso, atraiu públicos de diferentes interesses para o ginásio do Clube Vera Cruz, que sediou a Expoarte por algumas edições.
“A Expoarte foi, sem dúvida, um desafio, fez da arte uma irmandade regional, foi destaque no Estado fazendo nosso município uma fonte cultural. Indústrias que tinham estandes cresceram, comércio fez vitrines e artistas/artesãos tinham espaço e reconhecimento”, frisou o vera-cruzense Luiz Kurtz.
