Nesta sexta-feira, 18 de julho, fomos acordados para os perigos de um apagão cibernético global ante os riscos de acesso remoto de dados
De vez em quando lembro a antiga máquina de escrever Remington, de minha irmã, com a qual aprendi a escrever, e a minúscula Gabrielle, que me acompanhou durante toda a carreira, onde foram digitadas milhares de sentenças.
O computador é uma criação nova que só vim a utilizar no fim do século passado. A pesquisa era em livros de doutrina e jurisprudência que precisavam ser adquiridos.
Hoje temos na mesma máquina a possibilidade de copiar e colar textos, corrigir erro automaticamente e fazer pesquisas, tudo ao alcance dos dedos.
Um celular tem mil vezes mais capacidade do que meu primeiro PC.
O mundo se modernizou e tudo passou a ser eletrônico, desde notas fiscais, reservas, passagens, pagamentos, crédito e até o próprio dinheiro, que cada vez mais deixa de circular.
Não dá nem para fugir do pedinte dizendo que não tem nada trocado, pois poderá te responder: “aceito PIX”.
Sem dúvida o mundo cibernético veio para ficar, ainda mais agora com a inteligência artificial.
Nesta sexta-feira, 18 de julho, no entanto, fomos acordados para os perigos de um apagão cibernético global ante os riscos de acesso remoto de dados.
O apagão afetou sistemas operacionais de empresas e serviços em diversos países, incluindo companhias aéreas, bancos, hospitais e canais de mídia.
A falha ocorreu no serviço de nuvem da Microsoft, usado para acessar dados e sistemas remotamente. Uma ferramenta de segurança da empresa americana Crowdstrike afetou o funcionamento de clientes que usam o sistema operacional Windows em computadores.
A pane afetou cerca de 8,5 milhões de dispositivos no mundo, causando transtornos em vários setores econômicos. Na sexta feira quase 7 mil voos foram cancelados e 1.600 no sábado. Houve filas nos aeroportos e prejuízo às férias escolares.
O sistema único de saúde de vários países foram afetados, impedindo o agendamento de consultas e exames.
O comércio parou ante a impossibilidade de emissão de notas fiscais e recebimento através de cartões de crédito.
Em um momento como esse é de se pensar nos riscos de um mundo digital globalizado, em que uma falha em um sistema pode provocar tantos estragos pelo mundo todo.
Onde a segurança e independência se os Países podem ser paralisados por um simples ato de vontade ou sabotagem do sistema digital de que dependem?
Há de se pensar em formas de segurança e alternativas a serem acionadas em situações como essa. O mundo não pode parar por uma falha numa ferramenta de sistema de uma única empresa.
Nessas horas, ante a tela azul do computador, até o mais empedernido micreiro há de gritar: SÓ JESUS SALVA!
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