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Com mais de um caso de abuso sexual ao mês, Vera Cruz instala Frente Parlamentar

Publicado em: 23 de maio de 2025 às 15:13 Atualizado em: 23 de maio de 2025 às 15:44
  • Por
    Carolina Sehnem Almeida
  • PREFEITO GILSON BECKER SANCIONOU O PROJETO DA FRENTE PARLAMENTAR, PRESIDIDA POR LUIZ SOUZA | CAROLINA ALMEIDA
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    Além do Disque 100, iniciativa quer capacitar profissionais que atuam próximos das famílias e dos jovens

    Na tarde desta sexta-feira (23), na Câmara de Vereadores de Vera Cruz, ocorreu a instalação da Frente Parlamentar de Combate à Pedofilia e Abuso Sexual Infanto-juvenil. “A criação dessa frente nasce do desejo de conter esse crime bárbaro que vem crescendo e em muitas vezes dentro das casas das vítimas”, frisou o vereador Luiz Carlos Souza, que vai presidir a Frente. Destacou que busca somar forças com entidades e forças de segurança para ampliar as denúncias e fazer o melhor acolhimento. Com base em estatísticas da Delegacia de Polícia de Vera Cruz em 2024, a Capital das Gincanas registrou 17 ocorrências de abuso sexual infanto-juvenil, ou seja, mais de um caso ao mês.

    Entre as ações que a Frente Parlamentar pretende fazer, o vereador citou a divulgação dos canais oficial para denúncia, como o Disque 100; capacitação de profissionais da rede pública – como professores, agentes de saúde, servidores -; parcerias com igrejas, entidades, clubes de serviços, reforço das políticas públicas, agenda de visitas a escolas e comunidades e elaboração periódica de relatório com indicadores locais.

    O prefeito Gilson Becker, ao sancionar a lei, destacou que o momento “chama a atenção e choca a cada um de nós como pais e comunidade quando vemos notícias envolvendo abuso sexual em crianças e jovens, e sabemos que está presente na nossa comunidade”. O gestor elogiou a iniciativa pelo trabalho de forma integrada que busca preservar os direitos das crianças e adolescentes e evitar a incidência desses casos.

    A delegada Lisandra de Castro de Carvalho falou que o tema a sensibiliza muito não só como profissional, mas como mãe e como mulher. Sabemos que o silêncio impera nos casos de abuso sexual. Romper o silêncio e acolher a vítima sem revitimizá-la, a capacitação dos profissionais que estão próximos dos lares, a escuta atenta da palavra da vítima , a rede de apoio, todas essas questões são fundamentais nessa interlocução. “A palavra da vítima é fundamental. Ela não pode se sentir desacreditada e todos nós temos que saber ouvir e não revitimizar”, destacou.

    INSTALAÇÃO OCORREU NA TARDE DESTA SEXTA-FEIRA | CAROLINA ALMEIDA

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