O total de áreas queimadas passou de 251 hectares em 2023 para 133 hectares no ano passado
Depois da divulgação de que o Brasil registrou aumento de 79% nas áreas queimadas entre janeiro e dezembro de 2024, a redação integrada do Grupo Arauto elaborou um levantamento do Vale do Rio Pardo a partir dos dados do Monitor do Fogo do MapBiomas. Segundo o projeto do Observatório do Clima que mapeia a cobertura e o uso da terra no país, a região segue no sentido oposto ao que é observado no cenário nacional e houve diminuição. O total de áreas queimadas passou de 251 hectares em 2023 para 133 hectares no ano passado.
No Vale do Rio Pardo, Barros Cassal foi o município com maior aumento, com 74 hectares queimados — crescimento de 93% em comparação com 2023, quando 38 hectares foram atingidos. Outros municípios da região também tiveram crescimento nas áreas queimadas. É o caso, por exemplo, de Segredo, onde um hectare foi atingido pelas chamas — um aumento de 74% em relação ao ano anterior, e Sinimbu, que teve o equivalente a dois campos de futebol queimados, crescimento de 66% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Por outro lado, alguns municípios da região registraram diminuições nas áreas queimadas. Encruzilhada do Sul registrou 23 hectares queimados, queda de 63% em relação a 2023, quando foram 64 hectares atingidos pelo fogo. General Câmara observou 16 hectares incendiados, redução de 55% em relação ao ano anterior. Já em Pantano Grande, foram registrados três hectares queimados, diminuição de 75%. Rio Pardo teve números semelhantes, com dois hectares atingidos pelo fogo, encolhimento de 77%.
Cenário nacional
Entre janeiro e dezembro de 2024, o Brasil registrou aumento de 79% nas áreas atingidas por queimadas em comparação ao mesmo período de 2023. Segundo informações do Monitor do Fogo, do MapBiomas, o fogo afetou 30,8 milhões de hectares nesse intervalo. A área queimada supera o território da Itália e é a maior registrada desde 2019. Esse crescimento equivale a um acréscimo de 13,6 milhões de hectares em relação às áreas atingidas no ano anterior. Do total queimado, 73% corresponde a vegetação nativa.
Levantamento do Vale do Rio Pardo:
Arroio do Tigre: 0 hectares | Foram 0 hectares em 2023
Barros Cassal: 74 hectares | +36 hectares (+93% em relação ao mesmo período do ano anterior)
Boqueirão do Leão: 0 hectares | Foram 5 hectares em 2023
Candelária: 0 hectares | Foram 13 hectares em 2023
Encruzilhada do Sul: 23 hectares | -41 hectares (-63% em relação ao mesmo período do ano anterior)
Estrela Velha: 0 hectares | Foram 0 hectares em 2023
General Câmara: 16 hectares | -19 hectares (-55% em relação ao mesmo período do ano anterior)
Herveiras: 1 hectare | Foram 1 hectare em 2023 (+19% em relação ao mesmo período do ano anterior)
Ibarama: 0 hectares | Foram 0 hectares em 2023
Mato Leitão: 0 hectares | Foram 0 hectares em 2023
Pantano Grande: 3 hectares | -11 hectares (-75% em relação ao mesmo período do ano anterior)
Passa Sete: 0 hectares | -1 hectare (-100% em relação ao mesmo período do ano anterior)
Passo do Sobrado: 0 hectares | -3 hectares (-100% em relação ao mesmo período do ano anterior)
Rio Pardo: 2 hectares | -10 hectares (-77% em relação ao mesmo período do ano anterior)
Santa Cruz do Sul: 3 hectares | -3 hectares (-52% em relação ao mesmo período do ano anterior)
Segredo: 1 hectare | Foram 1 hectare em 2023 (+74% em relação ao mesmo período do ano anterior)
Sinimbu: 2 hectares | +1 hectare (+66% em relação ao mesmo período do ano anterior)
Sobradinho: 0 hectares | Foram 0 hectares em 2023
Tunas: 3 hectares | Foram 3 hectares em 2023 (+33% em relação ao mesmo período do ano anterior)
Vale do Sol: 0 hectares | -22 hectares (-100% em relação ao mesmo período do ano anterior)
Vale Verde: 4 hectares | -9 hectares (-65% em relação ao mesmo período do ano anterior)
Venâncio Aires: 2 hectares | -26 hectares (-92% em relação ao mesmo período do ano anterior)
Vera Cruz: 0 hectares | -5 hectares (-100% em relação ao mesmo período do ano anterior)
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