Polícia

MP denuncia nove pessoas pela venda de palmito impróprio no Vale do Rio Pardo

Publicado em: 22 de setembro de 2016 às 06:40 Atualizado em: 19 de fevereiro de 2024 às 09:40
  • Por
    Bruna Lovato
  • Fonte
    MP/RS
  • Foto: Divulgação MP/RS
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    A operação foi deflagrada em 9 de setembro

    O Ministério Público apresentou à Justiça da Comarca de Vera Cruz denúncia contra nove pessoas investigadas pela Operação Ju$$ara 2. A Operação foi deflagrada em 9 de setembro, quando foi cumprido mandado de prisão preventiva contra Alceu da Silva – que segue recolhido no Presídio Central –, além de cinco medidas alternativas à prisão e sete de busca e apreensão nas cidades de Vale do Sol, Santa Cruz do Sul, São Leopoldo e Canoas. A denúncia foi protocolada e assinada pelo Coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Segurança Alimentar, Alcindo Luz Bastos da Silva Filho. 

    Conforme as investigações, Alceu da Silva, o filho, a esposa e mais um homem compõem uma organização criminosa que, entre novembro de 2015 e setembro de 2016, no Município de Vera Cruz, venderam ou expuseram à venda palmito da espécie Juçara cuja embalagem, tipo, especificação, peso ou composição estava em desacordo com as prescrições legais, ou que não corresponda à respectiva classificação oficial. 

    Laudos de amostras coletadas na Operação apontaram que as conservas estavam com o pH em torno de 4, ou seja, acima do permitido. Assim, o palmito era impróprio ao consumo humano, já que esse nível de acidez pode ocasionar a proliferação da bactéria botulínica, que causa o botulismo (cuja implicação é o comprometimento progressivo do sistema nervoso e paralisia dos músculos respiratórios, o que pode ser fatal). As análises, realizadas pelo Laboratório da Fundação Universidade Regional de Blumenau, também comprovaram que o palmito era da espécie Juçara.