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Médico de Cachoeira do Sul é um dos alvos de operação da Polícia Civil

Publicado em: 22 de junho de 2023 às 13:44 Atualizado em: 08 de março de 2024 às 17:00
  • Por
    Nícolas da Silva
  • Fonte
    Polícia Civil
  • Foto: Polícia Civil/Divulgação
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    Operação apura crimes contra a administração pública praticados por médicos credenciados no IPE

    A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta quinta-feira (22), a Operação Por Fora para apurar crimes contra a administração pública praticados por médicos credenciados no IPE que exigiam dos segurados valores além dos repassados pela autarquia pelas consultas e procedimentos médicos. A ação, coordenada pela 1ª e 2ª Delegacias de Combate à Corrupção do Departamento Estadual de Investigação Criminal (Deic), cumpriu seis mandados de busca e apreensão nos municípios de Bagé e Cachoeira do Sul. Também foi solicitada a suspensão da atividade profissional de dois médicos.

    Entre os materiais probatórios da investigação estão comprovantes de depósitos bancários, via PIX, diretamente para as contas dos profissionais.

    Segundo os delegados Augusto Zenon de Moura Rocha e Max Otto Ritter, as investigações duraram três meses e iniciaram após o recebimento de denúncias, por meio do próprio IPE, contra médicos
    credenciados. Há relatos de pacientes que tiveram suas cirurgias condicionadas a pagamentos que variavam de R$ 1 mil a R$ 9 mil. Alguns pacientes contraíram empréstimos para terem condições de efetuar o pagamento e terem seus procedimentos médicos realizados. Na maioria dos casos, o pagamento era feito em dinheiro, na própria clínica, ou diretamente para os médicos.

    Para justificar as cobranças, os médicos usavam diversos argumentos, como o pagamento de instrumentos operatórios, pagamento de anestesia, aluguel de sala de cirurgia, etc. A prática é vedada aos profissionais, havendo, inclusive, expressa disposição em instrução normativa do IPE nesse sentido, considerando a conduta passível de descredenciamento.

    A ação contou com a atuação de 18 agentes e dois delegados e teve apoio da Delegacia de Polícia Regional de Cachoeira do Sul (20ª DPRI) e da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Bagé.