Maria Odete e Maria Claudete, de 69 anos, foram adotadas por famílias diferentes, ainda na infância
Na tarde desta quinta-feira (22), um momento emocionante ocorreu na Associação de Auxílio aos Necessitados (Asan), em Santa Cruz do Sul. Após mais de seis décadas separadas, as irmãs gêmeas Maria Odete e Maria Claudete, de 69 anos, se reencontraram pela primeira vez desde que foram adotadas por famílias diferentes, ainda na infância.
Nascidas em 30 de outubro de 1955, as duas foram separadas aos três anos de idade. Desde então, perderam completamente o contato uma com a outra. Maria Odete vive atualmente em Santa Cruz, enquanto Maria Claudete mora na região Centro Serra, em Sobradinho.
O reencontro só foi possível graças à mobilização da equipe da Asan e ao apoio do Cras de Sobradinho. A assistente social da associação, Cláudia da Costa, relatou que a informação sobre a possível existência de uma irmã gêmea chegou por meio de uma prima adotiva de Maria Odete. A familiar revelou que Maria Claudete teria tentado contato há mais de 40 anos, convidando a irmã para o casamento, mas a família adotiva não permitiu o reencontro naquela época.
“A Dete [Odete] está muito empolgada desde que a gente avisou para ela que, de fato, íamos conseguir trazer a irmã aqui. Ela ficou sabendo faz dois dias. Primeiro a gente fez toda a investigação para ver se era realmente a irmã, se era concreta a situação, e ver também se a irmã estava viva”, contou Cláudia.
Maria Claudete também foi surpreendida. Apesar de saber da existência da irmã, foi informada por familiares de que ela havia falecido. “Comunicamos que essa irmã estava viva e perguntamos se ela teria interesse em fazer esse reencontro. Então, ela ficou bem emocionada no momento que nós contamos para ela, e aí foi viabilizado esse reencontro entre elas”, disse a assistente social do Cras de Sobradinho, Mariana Silveira.
Segundo a assistente social da Asan, esse momento de reencontro é algo que dá sentido a todo o trabalhado realizado na instituição. “Nosso trabalho lida muito com frustração, com coisas difíceis, casos que acabam, às vezes, tendo uma solução triste. E nesse caso foi justamente o contrário. É lindo de ver esse reencontro de família, porque faz parte da história da pessoa, é a identidade dela. Quando eles vem morar aqui [na Asan], às vezes acaba se perdendo o contato com os familiares e o vínculo, mas aí a gente tenta retomar”, destacou Cláudia.

Irmãs gêmeas Odete e Claudete
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