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Quantidade de peixes mortos encontrados pode passar de 20 toneladas

Publicado em: 22 de janeiro de 2018 às 11:41 Atualizado em: 19 de fevereiro de 2024 às 17:53
  • Por
    Bruna Lovato
  • Fonte
    Portal Arauto
  • Foto: Divulgação
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    Inicialmente a estimativa era de quatro toneladas

    Os veranistas e moradores das praias de Atlântida Sul, no município de Xangri-Lá, e Albatroz, Imara e Mariluz, em Imbé, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, foram surpreendidos por toneladas de peixes encontrados mortos na areia na tarde de sexta-feira (19) e na manhã deste sábado (20). Inicialmente a estimativa era de quatro toneladas, mas 14 já foram retiradas e o número pode passar de 20.

    Em entrevista à Rádio Gaúcha, João Batista Ferreira, diretor de pesca da Secretaria de Meio Ambiente, Pesca e Agricultura de Imbé, dois barcos pesqueiros, provavelmente traineiras de fora do Estado, descartaram excesso de carga de pescados no mar, na noite de sexta-feira. 

    “A grande quantidade de peixes se deve ao motivo de estarmos em época de reprodução dos bagres, que vai de 14 de dezembro ao início de abril. Assim a circulação deles por nossas águas é muito grande”, explicou Ferreira. Ele ressaltou que os barcos pesqueiros, que comportam em seus porões mais de 20 toneladas de peixes, avistaram os cardumes e os pescaram num sistema chamado de arrasto.

    “Mas a pesca, ilegal, foi flagrada por um helicóptero da fiscalização. Assim, os pescadores soltaram a carga, que foi ao fundo do mar, e voltou à superfície, já morta”, continuou Ferreira.

    Crime 

    “O que temos aqui é um verdadeiro crime ambiental”, destacou Ferreira. “A pesca do bagre é proibida e os pescadores devem ter feito essa opção para evitar punições, com base no Código Ambiental”, finalizou. Um decreto estadual de 2014, que passou a ser executado em 2015, inibe a pesca da espécie no Estado, considerada sob ameaça de extinção.