Evento foi realizado na manhã desta terça-feira, na Câmara de Vereadores
Primeira Infância com qualidade: somos todos responsáveis. Com esse slogan teve início na manhã desta terça-feira, 21, na Câmara de Vereadores, a 9ª Semana Municipal do Bebê de Santa Cruz do Sul. O evento, uma realização da Prefeitura, por intermédio da Secretaria Municipal de Saúde e do Comitê de Ações de Redução da Mortalidade Infantil e Fetal, vai até a próxima sexta-feira e tem na programação diversos momentos de capacitação para os profissionais envolvidos na rede de proteção à infância.
Na cerimônia de abertura, a presidente do Comitê de Ações de Redução da Mortalidade Infantil e Fetal, enfermeira Maitê Lima, destacou que objetivo principal do evento é discutir a primeira infância de forma articulada com as políticas públicas de saúde, educação e assistência social, que trabalham diretamente a questão do cuidado. “Hoje em dia existem vários estudos mostrando que ações na primeira infância tem impactos na qualidade de vida do adulto”, disse.
Na ocasião, a promotora da Infância e da Juventude, Danieli Cássia Coelho, deu ênfase no trabalho de parceria entre todos os integrantes da rede protetiva que precisam de um olhar multifocal e de uma troca permanente de informações. Já a secretária municipal de Saúde, Renice Vaccari, focou sua explanação no planejamento familiar e chamou a atenção para a atuação das agentes de saúde no sentido de encaminharem as gestantes para o acompanhamento pré-natal. “Bebê que não é planejado corre o risco de nascer prematuro”, disse. “A rede não se faz sozinha e nunca está pronta, é uma construção contínua. E o papel da promotoria é o de articular esta rede porque quanto maior for a atuação preventiva maior o sucesso dessa rede”, disse.
Primeira Infância – Após a cerimônia de abertura, a coordenadora do Programa Primeira Infância Melhor (PIM), enfermeira Márcia Waslawik, que também é psicóloga, discorreu sobre o tema Profissionais da Saúde e Educação: Um olhar atento na formação e desenvolvimento dos bebês.
Durante pouco mais de uma hora, ela focou seu discurso no olhar vigilante que médicos, enfermeiros, professores, monitores de creche e outros profissionais das áreas de saúde e educação precisam ter ao entrar em contato com crianças em seus primeiros anos de vida. “Hoje, aos quatro meses uma criança está na creche. É preciso ter esse olhar atento porque tudo que somos tem a ver com a criança que fomos”.
Márcia falou sobre a formação do cérebro utilizando enfoques da neurociência, da psicanálise e da abordagem Pikler. “A gente acredita que vai aprender lá pelos 6, 7 anos e, no entanto, toda base vem desde a gestação até os 4 anos de vida. A primeira infância é a pedra angular, a base para todo o aprendizado. Sem isso as dificuldades são maiores”, disse.
Com relação à estruturação psíquica do cérebro, Waslawik disse que somos muito mais dependentes de nossos pares do que outras espécies e que é através do intercâmbio emocional que nos tornamos humanos. “Não somos produto só da genética como os outros animais”, afirmou. Ao introduzir conceitos da abordagem Pikler, Márcia focou na questão central, a da confiança que se deve dar à criança para que ela possa vivenciar suas próprias experiências.
Ao final da palestra Márcia disse que os profissionais que atuam na primeira infância podem fazer uma imensa diferença no desenvolvimento psíquico das crianças. “O primeiro encontro do bebê com a mãe é intrauterino. Depois, quando a criança nasce acontece o segundo encontro e nesta etapa os profissionais já estão ali, então podem estar mais atentos para compor este entorno. O profissional pode ser um mediador desse encontro com o agente materno e também um facilitador do mundo”.
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