Durante as visitas são feitos procedimentos de clínica ambulatorial e encaminhamento para exames
Nos grandes centros urbanos eles são milhares, já nas cidades pequenas e médias estão em menor número, mas ainda assim existem, embora muita gente faça questão de tratá-los como se invisíveis fossem. São pessoas em situação de vulnerabilidade social, alguns moradores de rua devido à extrema pobreza ou à perda de vínculos familiares, índigenas, albergados, usuários de drogas, enfim, gente que muita vezes não tem endereço fixo, nem paradeiro certo.
Devido ao preconceito, vergonha, constrangimento e até mesmo falta de informação, essas pessoas deixam de buscar auxílio junto à rede de atenção básica e acabam muitas vezes adoecendo gravemente ou até morrendo por falta de simples cuidados. E foi para alcançar essas pessoas que a Secretaria Municipal de Saúde (SESA) criou, há cerca de dois anos, o Consultório na Rua, programa vinculado à Atenção Básica.
Uma equipe formada por médico, técnico em enfermagem, assistente social e dois redutores de danos saem todas as quartas-feiras, ao final da tarde, rumo aos locais mais frequentados por estas populações. Durante as visitas são feitos procedimentos de clínica ambulatorial como verificação de pressão arterial, testagem rápida de HIV, coleta de amostras para tuberculose e hepatites, teste de glicose e outros. Distribuição de preservativos, encaminhamento para exames e orientações gerais também fazem parte do atendimento.
Na noite de quarta-feira (19), Claudemir J., 32 anos, foi o primeiro a receber a visita da equipe, encabeçada pelo médico de Saúde da Família Gabriel Tognol. Há cerca de oito meses ele passa grande parte dos dias e das noites, sob a chamada “ponte da Armada”, na Avenida Castelo Branco, onde foi parar após separar da esposa e sair de casa. Ele disse estar inscrito em cadastro social para aquisição de moradia e hoje está a procura de emprego.
Para Tognol, o grande mérito do projeto é melhorar o acesso das populações vulneráveis ao atendimento primário em saúde, reduzindo a transmissão de doenças crônicas e infectocontagiosas. “As pessoas em situação de rua têm resistência ao atendimento, sentem-se excluídas. É por isso que temos que ir conquistando aos poucos a confiança delas, através do trabalho da assistente social, dos redutores de danos, enfim, de toda a equipe”, observou.
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